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Após atingir menor patamar em três semanas, soja atrai compradores em Chicago

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Após quatro sessões seguidas de baixa , a soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) busca fôlego no pregão noturno e tenta uma recuperação nesta terça-feira. Por volta das 8h10 (Brasília) o vencimento março/18 trabalha cotado em US$ 9,75 por bushel, alta de 5,5 pts , enquanto o maio/18 é negociado a US$ 9,86 por bushel, subindo 5,25 pts. Soja agosto/18 tem valorização de 5,75 pts cotada a US$ 9,99 por bushel.

Depois de atingir o menor patamar de preços em três semanas, compradores em Chicago decidiram voltar aos negócios e aproveitar os preços baixos.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas o analista de mercado , Vlamir Brandalizze da Brandalizze Consulting havia alertado que esse movimento poderia acontecer a medida que a cotação de março se aproximasse dos US$9,60 /bushel, patamar apontado por ele com um piso para os preços em Chicago. Para o analista, o intervalo de negócios que era de US$9,80 a U$10,30 por bushel deve recuar para US$ 9,60 e US$ 10,10 por bushel.

No mercado de desta segunda-feira a pressão negativa veio da valorização do dólar perante as principais moedas com expectativa de aumento na taxa de juros dos EUA. A moeda americana encerrou o dia com alta de de 1 por cento e perto do patamar de 3,25 reais no Brasil.

O clima na Argentina, por sua vez, perdeu um pouco da importância para os negócios em Chicago. Para Brandalizze, o mercado já assimilou as perdas argentinas e uma nova mudança no cenário só se justificaria com intensificação das irregularidades climáticas e novas perdas sendo computadas.

Outro fator de ajuste para os preços é o relatório de oferta e demanda que deve ser divulgado na próxima quinta-feira (08) pelo USDA ( Departamento de Agricultura do EUA) . Brandalizze acredita que, embora o USDA seja conservador, a tendência é que aponte para uma redução de 2 a 3 milhões de toneladas para a safra argentina e um aumento de 1 milhão de toneladas para a safra brasileira, ajustando estoques mundiais que estavam positivos em função de uma oferta ligeiramente maior que a demanda.

A colheita no Brasil deve se intensificar e atingir seu pico entre o final de fevereiro e o início de março. Ao contrário do ano passado, o início mais lento dos trabalhos no campo tem justificado uma cotação entre R$ 8 e R$ 10 por saca melhor que no início da colheita em 2017. Nos portos os preços sinalizados estão em torno de R$ 72/saca nesse momento, contra um valor entre R$63 e R$ 65 no ano passado.

Segundo o analista, o produtor está mais cauteloso e deve negociar escalonadamente a soja, evitando pressão nos preços. Além disso, por se tratar de uma ano de eleições, onde a volatilidade do câmbio é muito comum, os produtores tendem a esperar para conferir as flutuações cambiais e aproveitar possíveis oportunidades a partir da valorização do dólar frente ao real.

No interior, o dia foi de alta para as cotações em algumas praças como em Ubiratã e Cascavel no Paraná, que encerraram com valorização de 0,81% sobre os preços da sexta-feira (2). Em Mato Grosso o destaque ficou para Rondonópolis que teve alta de 1,13%, Campo Novo do Parecis que valorizou 0,9% e Itiquira com alta de 1,18%.

Em praças do MS, GO e no Oeste Baiano também foram registradas valorizações.

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