O setor do agronegócio encerrou o mês gerando 3,2 mil novas vagas de trabalho no Estado. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados, ontem, pelo Ministério do Trabalho. Para Nelson Piccoli, diretor da Aprosoja, o agronegócio foi fomentado pela colheita das lavouras de milho, algodão e feijão. “Finalizamos a colheita do milho, mas o número positivo é resultado também de outras culturas, como feijão e algodão. Agora iniciam as contratações para a soja, cujo plantio começa em setembro”. \
Também merecem destaque o setor de Comércio e Serviços que gerou 1,831 mil e a Construção Civil, que gerou saldo positivo mais uma vez, com a criação de 893 vagas. Comércio e Serviços tiveram resultado melhor que junho, quando foram abertas 1,726 mil vagas.
O vice-presidente da Fecomércio/MT, Roberto Peron, destaca que o setor começa a recontratar porque o mercado começou a dar sinais de recuperação. “O empresário está mais otimista. A taxa de juros está caindo. Só falta o equilíbrio da máquina pública, para não gerar mais aumentos de carga tributária”.
O setor da Construção Civil, mais uma vez, teve resultado positivo indicando leve recuperação do segmento, que já vislumbra um futuro melhor, segundo o presidente do Sinduscon/MT, Júlio Flávio de Miranda. “O setor tem sentido a melhora, com a retomada dos investimentos em obras públicas e privadas e vem fazendo novas contratações. A gente sente que a crise política e econômica está diminuindo, influenciando na geração de empregos e consumo. O que é bom, porque irá gerar um aumento na arrecadação”.
Para o economista Oscemário Daltro, a retomada da geração de empregos indica que houve um descolamento da crise política. “Há um resultado muito positivo nos indicadores econômicos, como a queda da taxa de juros, a redução da infla- ção e a baixa no dólar. São fatores que alavancam o crescimento, a retomada do consumo, dos investimentos e indicam que estamos saindo de um processo recessivo”.