segunda-feira, 29/abril/2024
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Abate é reduzido em 108 municípios de MT

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O abate de bovinos reduziu em 77% dos municípios mato-grossenses. A queda no volume de animais enviados aos frigoríficos foi observada em 108 das 141 cidades do Estado, com destaque para Vila Bela da Santíssima Trindade, São José do Xingu, Cáceres, Barra do Bugres e Pedra Preta. Somente nestas 5 localidades houve baixa de 20,250 mil bovinos abatidos de março para abril. No cômputo total, foram abatidos 83,130 mil bovinos a menos no Estado, pela mesma base comparativa. O levantamento é do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea).

Ampliado o recorte para as 10 localidades com maior redução inclui-se, ainda, os municípios de Porto Esperidião, Confresa, Nova Mutum, Pontes e Lacerda e Cocalinho. Comparada a quantidade de abates em abril com março, nota-se que a maior redução ocorreu em Nova Mutum (75,3%). Numa análise direta atribui-se o recuo à Operação Carne Fraca. Segundo o Imea, mesmo onde as empresas frigoríficas não concederam férias coletivas ou paralisações, como é o caso das regiões Oeste, Nordeste e Médio-Norte do Estado, o abate recuou.

Para os analistas do instituto, o movimento de retração nos abates demonstra “uma possível efetividade na estratégia de pecuaristas de ‘segurar gado’”. Essa medida começou a ser adotada após a desvalorização do gado. Atualmente, a arroba do boi gordo está cotada na média de R$ 125 em Mato Grosso, ante a média de R$ 131,61/arroba no mesmo período de 2016. “O abate reduziu, sim, e muito, no mês passado”, confirma o vice-presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo/MT), Paulo Bellincanta.

Conforme ele, a desaceleração foi ocasionada pela falta de oferta de animais e não por incapacidade da indústria em abater. Além da retração na demanda pelo produto, a oferta de animais recuou. “Com isso, aumentou a ociosidade das empresas e o resultado financeiro das indústrias foi ruim no último mês”. Em Mato Grosso, as empresas do segmento operam com ociosidade média de 35%, que subiu para 42% em abril.

“O preço não reage porque o consumo não reagiu”, explica Bellincanta. Segundo ele, este é um problema que persiste no mercado e que poderá ser revertido, parcialmente, com a valorização do dólar. “Este mês o consumo continua muito fraco. Existe uma luz no túnel se olharmos para a possibilidade de vendas no mês que vem. A alta do dólar nos faz prever uma retomada nos volumes para exportação”, projeta. Essa perspectiva pode trazer efeito de elevação no preço da arroba do gado, conclui.

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