Os dois réus foram condenados pelo tribunal do júri pelo homicídio qualificado do comerciante Luiz Ney da Silva, o “Cuiabano”, 54 anos (foto), e por associação criminosa armada. As penas aplicadas foram de 32 anos de reclusão para um dos réus e 14 anos, seis meses e 15 dias de reclusão para o segundo.
A dupla foi condenada nos termos da pronúncia, por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima). O crime aconteceu em março de 2019. Segundo a denúncia, um dos réus e outro homem já falecido, integrantes de uma organização criminosa, mataram o comerciante, que possuía um mercado no bairro Boa Esperança. Ele foi assassinado dentro do estabelecimento comercial, com disparos de arma de fogo. O comerciante foi atingido por quatro tiros pelas costas.
A ordem para execução partiu de um dos chefes da organização, que estava recolhido na Penitenciária Central do Estado (PCE). Como a vítima cultivava amizade com vários policiais militares, eles sempre se faziam presentes no mercado. E para o líder, a frequente presença de policiais contribuía para o baixo rendimento das bocas de fumo instaladas na região, pertencentes à organização criminosa.
Atuou na sessão de julgamento a promotora de Justiça Carina Sfredo Dalmolin. A Justiça manteve a prisão preventiva dos condenados. Ainda cabe recurso da decisão.
A informação é da assessoria do Ministério Público.
