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Por que aqui é “demach de bão?”

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Se me perguntassem por que Mato Grosso é “Demass de Bão?”, talvez eu me recorresse a Claudinho, Henrique e Pescuma que diz, com todas as lêtras, o que é bem Mato Grosso. Mas, o que eles dizem, ainda é pouco. Desde quando eu cheguei aqui – 85 pra 88 – sempre fui recebido com braços abertos. Gostaram tanto de mim, que me mandaram pra Juina, cidade linda e progressista, e que trabalhei por cinco anos. A recepção dos juinenses foi espetacular.

Mato Grosso parece mesmo ser a “terra prometida”, pois abriga com um carinho todo especial, emigrantes de todos os rincões do Brasil: paranaenses, são-paulinos, mineiros, catarinenses, gaúchos, acreanos, cariocas, amazonenses, etc… E o que mais nos chama a atenção, é a unanimidade da resposta “sou mato-grossense de coração. Vim pra cá e comi cabeça de Pacú, nem penso em voltar para a minha terra natal.”. Isso é fato.
Sem querer, querendo, acabei citando uma das referências hospitaleiras do cuiabano. Além da cabeça de Pacú, os imigrantes se deliciam com a galinha com arroz, com o arroz com costelinha servida na Salgadeira, na Chapada dos Guimarães, pelo Pardal, so quitutes variados em vários locais do Estado, rios, cachoeiras, etc…

Mas, ainda não é só isso. A hospitalidade mato-grossense, creio eu, é o “point”, é o “canal”, é o “segredo”. A simplicidade e, a grosso-modo, a naturalidade com que apresentam os costumes do Estado, são incontestáveis. Aqui, raramente ou nunca, se ouve disser: “quem é você?”, ou, “você é filho de quem?”, de qual família?” Na verdade, aqui você é o que é. E para isso, os mato-grossenses abrem as portas para quem aqui quer se aportar, desde que este emigrante queira trabalhar, desde que seja honesto e compartilhe, sem ambições, inesequiveis, inefáveis ou enfadonhas.

É claro que tem lá seus defeitos. Mas quem não os têm? Algum outro Estado arriscaria a jogar a primeira pedra? Por outro lado, é bem difícil ver um mato-grossense deixar a sua casa para ganhar a vida.
E olha que o sol daqui é arretado de quente. Mas, como diz o próprio, quanto mais quente, mais se quer ficar junto, o amor se torna aflorado, aguçado, pretendido. A cerveja – bem gelada diga-se de passagem -, é requisitada e degustada como se fosse um prazer quase sexual. E quem não gosta? Pois é, aqui tem tantas qualidades que não é possível ilustrar num único artigo. É por isso que aqui é “demach de bão”.

Gilson Nunes é jornalista
[email protected]

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