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Deputado de Mato Grosso satiriza mortes e parabeniza operação policial no Rio de Janeiro

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Só Notícias/Gazeta Digital (foto: assessoria)

O deputado estadual Gilberto Cattani (PSL) utilizou sua conta pessoal no Instagram para satirizar a morte de 24 pessoas na operação policial realizada no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Na manhã desta segunda-feira, o parlamentar parabenizou a Polícia Civil carioca pela ação.

Em sua conta, o deputado postou uma imagem da Rotam com versos em destaque que diziam: “24 bandidinhos foram passear, além das montanhas para traficar. A polícia atirou   ‘pá pá pá pá’, nenhum bandidinho voltou de lá..”. Na publicação, o parlamentar ainda utilizou símbolos musicais, indicando que se tratava de uma cantiga.

Os versos destacados por Cattani, que fazem alusão à canção de ninar “Cinco Patinhos”, mostram a perspectiva do deputado sobre o que vem sendo tratado por parte da imprensa internacional como “massacre”, “carnificina” e “banho de sangue” no Jacarezinho.

Apesar da postagem de Cattani se referir a 24 pessoas mortas, informações oficiais apontam que o número total de pessoas que faleceram devido à ação já subiu para 29. Questionado sobre o tom utilizado na postagem, o deputado apontou que não teve a intenção de fazer qualquer ligação com o universo infantil.

“Não tem nenhum apelo com a música infantil. Eu simplesmente fiz uma combinação que a gente conhece de longa data aí, porque a polícia fez seu trabalho e eliminou um monte de parasitas”, afirmou o parlamentar, que nas redes sociais se identifica como patriota, conservador e bolsonarista.

“Eu não sei se foi o [tom] mais próprio, eu não pensei nisso. Eu simplesmente fiz uma postagem na minha página particular, na minha página que eu sempre fiz e sempre usei falas ou conversas que a gente tem na cabeça. Não tive intenção nenhuma de fazer nesse tom, o tom que eu usei não foi esse”, acrescentou.

Nas palavras do parlamentar, “chacina é quando se mata pessoas inocentes”. Cattani destacou que defende a polícia em qualquer tipo de situação e disse que, caso morasse no Rio de Janeiro, acharia que a operação foi “excelente”.

“Acho que foi uma limpeza muito boa para o estado do Rio de Janeiro. Chacina é quando se mata pessoas inocentes, não quando você chega para uma operação policial em uma favela e é recebido à bala. Inclusive, o primeiro que saiu para fora do carro blindado morreu com um tiro no peito. Eu não vejo desse jeito. A mídia pode falar do jeito que quiser”, afirmou.

Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a operação é resultado de um trabalho de 10 meses de investigação da corporação e tinha como meta cumprir mandados de apreensão e prisão de traficantes. Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) estão proibidas operações em favelas durante a pandemia da covid-19, salvo “hipóteses absolutamente excepcionais” com sinalização da ação para o Ministério Público. 

Diante do número de mortes e da forma como a ação foi conduzida, o ministro Edson Fachin, do STF, determinou ao procurador-geral da República Augusto Aras que abra uma investigação a respeito da conduta dos agentes.

Em jornais internacionais, a exemplo do americano “The New York Times”, do inglês “The Guardian”, do espanhol “El País” ou ainda do francês “Le Figaro”, o caso foi destaque sobretudo por conta do número de mortes em uma operação policial – que foi tida como a mais letal da história do Rio de Janeiro.

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