O juiz Vagner Dupim Dias negou a soltura de um homem de 33 anos acusado de envolvimento na morte da adolescente Késia Letícia França da Silva, 14 anos. A vítima foi assassinada e teve o corpo enterrado em um lixão, localizado na cidade de Colniza (700 quilômetros de Sinop). O crime aconteceu em setembro d2018.
Ao negar a soltura do acusado, o juiz considerou que não houve fatos novos que autorizassem a modificação da decisão que decretou a prisão preventiva. Ele também apontou que há informações “nos autos de que o acusado esteja no grupo de risco ao Covid-19” e ressaltou que “se trata de suspeita de homicídio mercenário (qualificadora) e ocultação de cadáver, cuja vítima de apenas 14 anos de idade foi morta e sepultada no lixão municipal, contexto que eleva a sua liberdade a um risco concreto à ordem pública”.
Na época, a Polícia Civil confirmou que o homem foi preso em um bar próximo a feira de Colniza. De acordo com a assessoria, durante depoimento ao delegado Alexandre da Silva Nazareth, ele negou participação no homicídio, mas confessou que sabia onde estava o corpo da adolescente, e apontou outro suspeito como o responsável pela morte.
O corpo da adolescente foi localizado em uma cova rasa, no depósito de resíduos sólidos de Colniza. O local onde poderia estar o corpo da adolescente foi repassado pelo suspeito ao familiares da vítima. Próximo à jovem também foram encontrados pertences e as roupas que ela usava antes do desaparecimento, que ocorreu dias antes.
Kesia Letícia era uma das testemunhas contra dois policiais militares acusados de manter relações sexuais e dar bebidas alcoólicas a adolescentes em Colniza. Eles foram afastados na época. O acusado também foi indicado por outras testemunhas como o autor de diversas ameaças de atentados caso contassem à polícia que ele sabia do fato.
