PUBLICIDADE

Secretário diz que comércio em MT tinha renúncia em patamar elevado e defende distribuição tributária

PUBLICIDADE
Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/arquivo)

O secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo, voltou a defender a lei complementar 631, conhecida como “minirreforma tributária”, aprovada no ano passado na Assembleia Legislativa. O gestor minimizou as reclamações de alguns setores e disse que os benefícios fiscais concedidos ao comércio, por exemplo, estavam em “patamares muito elevados”.

“Fizemos alteração colocando aquilo que se pratica em outros 26 estados da federação, que é o ICMS conforme a Constituição determina. O que estamos assistindo é algum setor ou outro tendo alguma reclamação, porque o nível de pagamento de ICMS do regime anterior de fato era muito baixo. Havia uma margem sobre a qual era agregada a partir da compra que fazia em outro estado e revendia aqui. Ele só pagava sobre o valor da compra e não sobre o valor da venda. Havia um grande benefício fiscal e isso foi reduzido. Ainda mantivemos um nível de benefício fiscal para o comércio para que tenha condições de competir com o comércio eletrônico, mas não mais naqueles níveis anteriores que eram, de fato, bastante exagerados”, disse Gallo.

Em entrevista a uma emissora da capital, o secretário também defendeu uma melhor distribuição da carga tributária no Estado. “A arrecadação de ICMS no comércio responde por 18% da arredação total (de Mato Grosso). Dependemos muito de combustíveis e de energia elétrica. Nos outros estados, Mato Grosso do Sul e Goiás, o comércio responde por 35%. Tínhamos aqui muito incentivo fiscal para o setor comercial. Portanto, temos que manter nível elevado de ICMS na energia elétrica e no óleo diesel e demais combustíveis. Este é o problema. Temos que distribuir a carga tributária. Este debate precisamos fazer. Corrigimos em Mato Grosso. Agora, são ajustes finos que precisam ser feitos, com diálogo, transparência e respeito aos empresários de Mato Greosso”.

Na última sexta-feira (17), o Governo de Mato Grosso e entidades representativas do comércio divulgaram nota conjunta em que reafirmam que a Lei Complementar foi construída em parceria e com amplo debate com todos os setores econômicos. A nota foi assinada pelas seguintes entidades: Federação do Comércio (FECOMÉRCIO), Federação das Associações Comerciais (FACMAT) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL-Cuiabá).

Conforme o documento, a legislação veio para garantir segurança jurídica aos empresários mato-grossenses, uma vez que boa parte dos incentivos fiscais não tinham autorização do Conselho Nacional da Política Fazendária, “e, portanto, eram inconstitucionais”, podendo até mesmo serem anulados, prejudicando todo o segmento.

“Por força de um amplo diálogo entre Governo, entidades representativas dos comerciantes e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, aprovou-se a Lei Complementar n° 631/2019, reinstituindo com modificações os benefícios fiscais do setor comercial, com o intuito de manter a sua competitividade frente à crescente participação do comércio eletrônico em algumas áreas”, apontava recho da nota.

A declaração das entidades também esclareceu que a nova regra tributária deixa Mato Grosso em situação similar aos demais estados, ou seja, com a cobrança do ICMS na venda do produto, e não mais no ato da compra.

“Em relação especificamente ao setor comercial, a referida lei tem por principal finalidade garantir a legalidade, isonomia e segurança jurídica nas transações comerciais em Mato Grosso, não havendo, como deve ser registrado nessa oportunidade, qualquer intenção das partes signatárias em prejudicar a livre concorrência, as regras de mercado, a competitividade dos produtos mato-grossenses, o emprego gerado pelos comerciantes e o direito dos consumidores”, consta em outro trecho.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

CPI conclui investigações sobre invasão de terras em Mato Grosso

Os deputados estaduais votaram, em redação final, o Projeto...

Nova Mutum: câmara vota redução de imposto para construção civil

O prefeito Leandro Félix (União) enviou, ao legislativo, projeto...

Sinop: vereadora comandará procuradoria da mulher da câmara

A solenidade de posse da Procuradoria da Mulher da...

Com investimento de R$ 5,4 milhões, governo de MT entrega escola reformada

O Governo de Mato Grosso entregou hoje a reforma...
PUBLICIDADE