
Os inquéritos presididos pela delegada Nubya Beatriz Gomes dos Reis serão remetidos ao Ministério Público Estadual para análise da possibilidade de oferecimento de denúncias e de outras representações cabíveis. De acordo com a delegada, entre as vítimas relacionadas nos inquéritos uma delas recebeu medida protetiva de urgência tendo em vista relacionamento amoroso anterior com o suspeito. A medida determinava que ele não poderia se aproximar do local de trabalho e da residência dela. Durante as investigações, o investigado descumpriu a medida protetiva por ter comparecido no local de trabalho da vítima e ainda feito ameaça.
“Diante dos fatos devidamente comprovados por depoimento de testemunha, interrompemos as conclusões das investigações e imediatamente foi representada pela prisão preventiva do suspeito, sendo que na última segunda feira acompanhada por um agente da Polícia Federal e policiais da Dedm, realizamos a prisão do investigado no aeroporto de Várzea Grande, quando ele retornava ao Estado. Ressaltamos que a medida protetiva é ordem judicial, e como tal, deve ser cumprida. Caso o investigado queira contestar a decisão, ele deve usar os meios legais junto ao Poder Judiciário para tentar revertê-la, e não deixar de cumpri-la por entender ser injusta”, esclareceu a delegada.
As diligências investigativas reuniram material probatório com oitivas de diversas testemunhas, análise de material coletado – inclusive cópias das mensagens trocadas entre vítimas e suspeito – e quebras de sigilos que comprovaram que as mensagens partiram de terminal telefônico registrado em nome do suspeito.
“Com a conclusão dos inquéritos posso afirmar que as ações do suspeito não limitaram-se apenas a incomodar, perturbar ou molestar suas colegas jornalistas com mensagens de cunho sexual. Em um dos casos, uma das vítimas foi socorrida por amigos quando Leonardo tentava estuprá-la. Em outra situação, sem autorização de uma das vítimas, o investigado filmou o ato sexual entre eles e manteve o conteúdo em seu poder”, informou a delegada Nubya Beatriz.
Os casos de menor complexidade foram encaminhados ao Juizado Especial da Capital, logo no início das investigações.
A Delegacia da Mulher identificou registros de ocorrências de crimes sexuais contra o investigado no estado do Espírito Santo e no Distrito Federal.
A informação é da assessoria da Polícia Civil. O jornalista tem negado as acusações e, anteriormente, disse desconhecer que a vítima amparada por ordem judicial que ele não se aproximasse estivesse no imóvel onde ele acabou indo.


