
Com base em pesquisas, estudos e análises, Rui apontou a grande capacidade de produção, associada à preservação do meio ambiente, que o país possui. Segundo ele, o Brasil pode ter capacidade de comercializar cerca de 40% de toda a madeira consumida no mundo. Mas produz só 10%. Considerando a técnica de manejo sustentável e o fato de que o país possui uma das maiores áreas de floresta tropical do planeta, Rui destacou o potencial desse mercado.
“O que produzimos ainda é pouco se comparado com a Indonésia, que é uma ilha. Embora possua apenas 7% de toda floresta tropical do mundo, o país produz 26% de toda madeira consumida no planeta. Também dá para se ter uma ideia da nossa dimensão quando falamos em dividendos. Ao passo que giram mais de U$ 17,3 bilhões no mercado global, no Brasil movimenta apenas U$ 272 milhões”, observou o consultor que também atestou a qualidade do Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (SISFLORA), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA). Para ele, o software possui grande sintonia com as exigências do bloco comercial. E as constantes fiscalizações realizadas pela Delegacia Ambiental e Ministério Público do Estado (MPE), por meio do mecanismo, asseguram a lisura; porém, ainda não são suficientes.
O presidente do CIPEM, Rafael Mason, analisou que há necessidade da contratação de uma auditoria independente, a fim de dar mais segurança ao SISFLORA. “Nesta semana, tivemos uma reunião com a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazaretti, para também tratar desse assunto. O SISFLORA, atualmente, garante a rastreabilidade da madeira e maior transparência ao setor. Mas se quisermos exportar nosso produto para a UE, precisaremos oferecer o máximo de segurança possível”.
Rafael ainda mencionou que os produtores do setor de base florestal de Mato Grosso estão entre os melhores do mundo, visto que preenchem inúmeros critérios legais e socioambientais para utilização da floresta, por meio do manejo sustentável. Para ele, a melhor forma de se combater o desmatamento e a extração ilegal de madeira, é criando incentivos fiscais à cadeia produtiva. “Todo o circuito precisa estar contemplado; do produtor às indústrias primária e secundária. Sem isso, fica mais difícil produzir ou exportar”, concluiu.
A informação é da assessoria do Cipem.


