
Enquanto governador, deputados e a equipe da área econômica elaboravam o que o governo considera a ” última proposta”, os servidores faziam nova assembleia geral e decidiram pela permanência da paralisação.
Conforme Só Notícias já informou, a proposta do governo é para que, quando o Estado voltar a ficar abaixo do limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, com gastos de salários dos servidores, todo o espaço fiscal aberto abaixo de 49% da receita corrente líquida será usado para a concessão da RGA (Reajuste Geral Anual) e dos aumentos remuneratórios aos servidores. Deste espaço fiscal, 75% serão destinado ao RGA para todos os servidores públicos e os 25% para os reajustes já concedidos nas leis de carreira – que beneficiariam os profissionais da Educação, Meio Ambiente e Fazenda.
“Para exemplificar, na hipótese de o Estado estar dentro dos limites da LRF e houver espaço fiscal de R$ 100 milhões, R$ 75 milhões serão destinados a pagar a RGA e R$ 25 milhões para quitar os reajustes das leis de carreira”, informa o governo, reforçando que o espaço fiscal calculado será a diferença positiva entre o índice de gastos com pessoal e o percentual de 49% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Se o limite de gastos estiver acima de 49%, não haverá espaço fiscal. Na hipótese de os gastos com pessoal atingirem 45%, por exemplo, o espaço fiscal aberto seria de 4%. E é esse valor relativo aos 4% que seria utilizado para o pagamento de RGA e leis de carreira.
Para viabilizar a proposta, o limite de gastos será verificado anualmente sempre no último mês de maio de cada ano, com base na receita corrente líquida do primeiro quadrimestre de cada ano. Havendo o espaço fiscal, será feito o cálculo com base na projeção estimada de receita e do impacto das concessões da RGA e dos reajustes já previstos em lei para os 12 meses seguintes.


