
De acordo com o Gazeta Digital, dentre os presos estão o diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE), Revétrio Francisco da Costa, o diretor-adjunto, Reginaldo Alves dos Santos e 3 policiais militares.
No dia 6 de junho, na Penitenciária Central do Estado (PCE), foram localizados 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido dentro da porta de um freezer, que foi deixado para ser entregue a um dos detentos.
Equipes da GCCO estiveram na penitenciária e verificaram que não havia registro de entrada ou mesmo informações da entrega do eletrodoméstico. Diante dos fatos e da inconsistência das informações, todos os agentes penitenciários presentes foram conduzidos até a GCCO e questionados sobre os fatos. No mesmo dia, a polícia determinou a apreensão das imagens do circuito interno de monitoramente da unidade, que foram extraídas por meio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Nos depoimentos, na análise das imagens e conteúdo de aparelhos celulares apreendidos e ainda, da realização de diversas diligências, “foi possível identificar e comprovar de maneira robusta, que três policiais militares, dentre eles um oficial de carreira, foram os responsáveis pela negociação e entrega do freezer recheado com os celulares”, informa a assessoria da Polícia Civil.
“Com a ciência do diretor e do subdiretor da unidade, os militares enviaram o aparelho congelador que era destinado a um dos líderes de uma facção criminosa atuante no Estado”.
Ao longo das investigações, a Polícia Civil conseguiu comprovar que nomesmo dia, duas horas antes do freezer ser interceptado, os três militares e os diretores da unidade, participaram de uma reunião a portas fechadas com o preso líder da organização criminosa, por mais de uma hora, dentro da sala da direção. “Toda a dinâmica dos fatos foi registrada pelas imagens da unidade prisional”, aponta o relatório da investigação, aponta a GCCO.
“No decorrer das investigações, ficou constatado ainda que o veículo utilizado para a entrega do freezer, na unidade, pertence a outro reeducando, que também é considerado uma das lideranças da mesma facção. Esse reeducando divide cela com o destinatário do equipamento.”
Além das prisões preventivas dos servidores públicos e dos líderes da facção criminosa, serão cumpridas medidas de busca e apreensão nas dependências da Penitenciária Central do Estado.
O inquérito será concluído nos próximos 10 dias. Os investigados poderão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, corrupção passiva e ainda por facilitação de entrada de celulares em estabelecimento prisional.
(Atualizada 10:24h)


