quinta-feira, 2/maio/2024
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Mato Grosso registra 12 feminicídios no primeiro trimestre; um caso em Sinop

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Redação Só Notícias

Dos 207 homicídios registrados em Mato Grosso no primeiro trimestre deste ano, 24 envolvem vítimas femininas, e 12 foram identificados como feminicídios. O levantamento foi feito pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEAC) da secretaria de Estado de Segurança Pública, com base nos dados lançados no Sistema de Registro de Ocorrências Policiais e informações fornecidas pelas Diretorias Metropolitana e de Interior da Polícia Judiciária Civil.

Os números foram apresentados à Câmara Temática de Defesa da Mulher da Sesp, em reunião realizada, ontem. Os casos tipificados como feminicídios correspondem a 50% das mortes de mulheres no estado, registradas entre janeiro e março deste ano. Vale ressaltar que este é um levantamento prévio, que ainda pode sofrer alteração, em função do andamento das investigações. Isso porque em alguns casos o feminicídio é uma circunstância que surge no decorrer do inquérito.

A Região Integrada de Segurança Pública (Risp) de Cuiabá não registrou feminicídio. Os casos estão distribuídos em Várzea Grande (3), Sinop (1), Rondonópolis (2), Tangará da Serra (1), Primavera do Leste (2), Pontes e Lacerda (1), Água Boa (1) e Nova Mutum (1).

A CEAC também fez o levantamento das principais ocorrências envolvendo vítimas femininas de 18 a 59 anos no período de janeiro a abril deste ano. Em Mato Grosso, o crime de ameaça continua sendo o de maior incidência, com 6.781 casos, mas apresentou redução de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando houve 6.936 ocorrências. Lesão corporal aumentou de 3.255 para 3.263, e o estupro apresentou redução de 146 para 122 casos.

Nesta faixa etária e neste período, foram registrados 22 homicídios em Mato Grosso, mesmo número constatado em 2018. Já o assédio sexual teve aumento de 40% nos registros, já que no primeiro quadrimestre de 2019 foram 70 casos, contra 50 no ano passado.

Segundo a coordenadora da Câmara Temática de Defesa da Mulher, Jozirlethe Criveletto, a compreensão a respeito do início do ciclo de violência é essencial para evitar mortes. “Temos visto, principalmente no interior do nosso estado, mulheres que são vítimas de feminicídios, a maioria praticados dentro de casa. Este é o último grau do ciclo de violência, e é preciso combater desde o início, quando começam as ameaças, as injúrias, o relacionamento abusivo e, nesse sentido, é necessária a reeducação de toda a sociedade”, frisou por meio da assessoria.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, as mulheres que precisam de auxílio podem recorrer ao Disque 180, e às Delegacias Especializadas de Defesa da Mulher ou qualquer delegacia do município que reside.

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