O senador Jayme Campos (DEM) voltou a criticar a pauta única defendida pelo governo federal da reforma da previdência, e defendeu junto aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM/AP) e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), que coloquem em prática o pacto federativo como forma de possibilitar uma melhor distribuição de recursos provenientes da arrecadação de impostos.
“Nos quatro primeiros meses deste ano, os brasileiros já pagaram R$ 900 bilhões em impostos, mas 62% deste total, ou R$ 577 bilhões ficaram nos cofres do Tesouro, e R$ 207 bilhões vão para os estados e apenas R$ 116 bilhões ficam nas cidades que é aonde mora a população e reside os principais problemas do Brasil”, disse Jayme Campos considerando que a reforma da previdência é urgente, mas o pacto federativo e as reformas tributária e política também, pois não se pode arrumar apenas um dos muitos problemas do país.
Jayme Campos sinalizou que pelo comportamento da receita do governo federal até agora, o Tesouro Nacional deverá receber mais de R$ 2,7 trilhões até R$ 3,1 trilhões em impostos, um valor que não faz frente a todos os compromissos, mas valores significativos que se melhor distribuídos poderiam estar revertendo a atual crise econômica. Ele reafirmou apoio a Reforma da Previdência, desde que o Governo Federal preserve os direitos adquiridos dos trabalhadores, mas cobrou que concomitantemente outras decisões emergenciais também sejam adotadas como forma de debelar a crise econômica nacional.
“Só vamos retomar as rédeas do Brasil, caso seja fomentado o desenvolvimento econômico e isto só acontece com medidas de impacto. A Reforma da Previdência vai estancar a sangria aos cofres públicos, mas ela não vai gerar novos dividendos, o que poderia acontecer com uma melhor distribuição do produto da arrecadação de impostos”, ponderou Jayme Campos.
