
Dados de consumo fornecidos pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e obtidos da concessionária de energia mostram também que a demanda energética nas classes comercial, industrial, administração pública e própria recuou no período em relação ao ano anterior.
Segundo maior consumidor de energia elétrica em Mato Grosso, o comércio demandou 381,143 mil MWh em 2018, ante 386,247 mil no último ano. A variação anual foi negativa em 1,3%. Indústrias também precisaram menos do insumo no 2º trimestre deste ano e consumiram 165,807 mil MWh de energia, 0,9% abaixo dos 167,269 mil MWh utilizados de abril a junho do ano passado. O poder público também diminuiu em 7% o consumo energético ao utilizar 94,809 mil MWh no 2º trimestre.
Para o conselheiro do Conselho dos Consumidores de Energia Elétrica (Concel), Teomar Magri, fatores como as temperaturas mais amenas nesse período e a situação econômica do país levaram à queda no consumo nas residências e comércios. Já na classe industrial, a desaceleração na produção das empresas motivada pela paralisação do transporte rodoviário de cargas é outro elemento que contribui para a queda.
Magri observa que alguns consumidores dessas classes passaram a garantir o fornecimento da energia no mercado livre, na tentativa de adquirir o insumo a preços menores.
Houve aumento de 3% no consumo energético na classe rural, que tem a 3ª maior demanda no Estado, com 269,193 mil MWh no 2º trimestre, ante 261,277 mil MWh em igual intervalo de 2017. Para atender a iluminação pública foram 88,611 mil MWh no último trimestre, 5,8% superior aos 83,780 mil MWh do 2º trimestre de 2017.


