quarta-feira, 1/maio/2024
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Etanol ficará mais caro e entidade mato-grossense critica governo federal

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O consumidor que optar por abastecer o veículo com etanol vai ter que desembolsar mais dinheiro para garantir a mesma quantidade de combustível. Desde 1º de janeiro, o governo federal voltou a recolher 12 centavos sobre cada litro do derivado da cana-de-açúcar que sai da usina, referente ao Programa de Integração Social e à Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins).

A desoneração vinha ocorrendo desde 2013 como benefício às indústrias sucroalcooleiras de todo o país. Contudo, o presidente Michel Temer (PMDB) não quis renovar a medida, que pode penalizar o consumidor com o acréscimo entre 20 e 30 centavos no preço do combustível, calculam empresários do setor. Considerando o valor médio de R$ 2,67 apurado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na última semana de 2016, o aumento pode chegar a 11,23%, levando o valor do litro do etanol a R$ 2,97, considerando o acréscimo máximo de 30 centavos no preço do produto ao consumidor final.

O reajuste pode ser aplicado ainda esta semana, tornando o combustível menos competitivo em relação à gasolina, que já vem sendo a mais preferida pelos motoristas. O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool/MT), Jorge dos Santos, avalia como negativa a omissão do governo federal quanto à suspensão do recolhimento do PIS/Cofins sobre o etanol. “O governo está matando o setor, o que chega a ser paradoxal, já que somos elogiados no mundo inteiro por possuirmos uma das fontes de combustível mais limpas, que é o etanol”.

Santos afirma que é impossível segurar o repasse aos postos, e consequentemente, aos consumidores porque a arrecadação é compulsória. “Se não ocorrer aumento no preço da gasolina, o que é bem provável que aconteça, a tendência é que seja produzido menos etanol no país”. A perspectiva ocorre porque os países árabes produtores de petróleo anunciaram que vão produzir menos barris este ano, para valorizar o preço da commodity, o que sistematicamente atinge o preço do produto no Brasil, já que a Petrobras passou a adotar a política de preços conforme o mercado internacional.

Vendas – O tesoureiro do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Sindipetró-leo/MT), Ranmed Leite Moussa, avalia que o aumento do preço do etanol é prejudicial para as revendedoras, pois implica em menos gente abastecendo, o que vai afetar ainda mais a queda nas vendas de etanol no Estado. Entre janeiro e novembro de 2016, o consumo de etanol retraiu 13,6% em Mato Grosso, se comparado com igual período de 2015, baixando de 632,755 milhões de litros para 546,402 milhões de litros, conforme dados da ANP.

Fonte: A Gazeta (foto: Zineb Bencheckchou/Embrapa/arquivo)

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