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Exportação da carne mato-grossense segue tendência de crescimento

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A exportação de carne in natura de Mato Grosso atingiu o melhor resultado para o trimestre nos últimos quatro anos. De janeiro a março de 2018, o Estado comercializou o equivalente a US$ 257,564 milhões, maior receita desde 2014, quando o embarque de carne bovina somou US$ 292,762 milhões. No país, a exportação de carne in natura correspondeu a US$ 1,285 bilhão no primeiro trimestre do ano.

Em março, a receita da exportação da carne mato-grossense foi de US$ 89 milhões, 16% a mais do que a registrada em fevereiro deste ano, US$ 76,351 milhões. De acordo com relatório do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o bom desempenho decorre das compras direcionadas ao Oriente Médio, responsável pela aquisição de 42% do total exportado por Mato Grosso.

O diretor-executivo da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, explica que o mercado internacional da carne bovina mato-grossense está em expansão e com perspectiva de novos compradores. “O país tem conquistados novos consumidores e isso está segurando o desempenho do setor. Apesar da recuperação econômica do Brasil, o mercado interno ainda não retomou patamares anteriores e a venda de carne sente os reflexos diretos da crise”.

Do total de carne produzido no Estado, 80% abastece o mercado nacional e 20% vai para exportação. Apesar da menor proporção, nos primeiros três meses foram mais 60,7 mil toneladas de carne in natura embarcadas.

Na última semana, durante a 7ª edição da InterCorte Cuiabá, palestrantes falaram da importância destes novos mercados internacional para o consumo da produção brasileira, mas destacaram que são consumidores exigentes. “O horizonte aponta uma demanda promissora para a carne, mas com exigências. É preciso padronizar nosso produto”, afirma Fabiano Tito Rosa, zootecnista e gerente de compra de gado do grupo Minerva.

E o produtor está atento a esta demanda. Em Mato Grosso, muitos pecuaristas já produzem para atender mercados específicos, como é caso do de Mário Wolf, de Nova Canaã do Norte. Ele produz animais da raça Rubia Gallega para uma grande rede de supermercado do Brasil. A carne é direcionada a consumidores que exigem modelos sustentáveis de produção, como o adotado pelo senhor Mário Wolf por meio da integração lavoura-pecuária.

O pecuarista, porém, alerta para a necessidade de remunerar pelos produtos que possuem padronização. “Falta a indústria pagar um diferencial ao produtor que investe para atingir a qualidade exigida. Temos muitos pecuaristas aptos para atender a estes mercados, mas não são remunerados para isso”, explica Mário Wolf.

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