quarta-feira, 16/julho/2025
PUBLICIDADE

Procuradoria Geral quer tentar conciliação para pagar duodécimo da Defensoria Pública em Mato Grosso

PUBLICIDADE

A procuradora geral do Estado, Gabriela Novis Neves Pereira Lima disse que a dívida do executivo com a Defensoria Pública é de cerca de R$ 10 milhões e quitação dos repasses constitucionais que estão em atraso depende do fluxo de caixa do Tesouro Estadual, e que a busca da PGE é por um entendimento que não comprometa o caixa de Mato Grosso.

Há uma liminar proferida pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, determinandoa regularização do débito. Gabriela concedeu entrevista, ontem à Rádio Capital FM, onde destacou que o executivo se preocupa com os demais órgãos e que irá buscar uma conciliação para o problema. “Vamos peticionar neste sentido, chamar todos os poderes para estabelecer uma solução isonômica. Foi demonstrado nos autos que repassamos 88% do duodécimo de 2017. Há sim o compromisso, o que só não foi feito em razão do fluxo de caixa”, salientou.

Conforme a procuradora, para que regularizar os repasses, é preciso observar o fluxo de caixa e reconhecer que a administração estadual tem enfrentado dificuldades, inclusive com a folha de pagamentos dos servidores, que poderia ser impactada com uma mudança na forma de atuação do executivo.

“Se eu falar que vou cumprir a decisão e pagar o duodécimo, eu vou furar com o pagamento da folha, então tudo tem que ser pensado de acordo com o fluxo de caixa, com o planejado. Temos que falar com as Secretarias de Planejamento e de Fazenda. Não é novidade que, para fechar a folha, é preciso matar um leão por dia”, declarou.

Na entrevista, Gabriela ponderou que o residual dos repasses constitucionais será quitado conforme a lei que instituiu o regime de recuperação fiscal em Mato Grosso, a chamada PEC do Teto dos Gastos, ou seja, por meio do excesso de arrecadação. “Se não for desta forma, vamos tentar conciliar, porque é interesse do Estado que todo cidadão tenha o atendimento da Defensoria”.

As declarações da procuradora-geral foram rebatidas por integrantes da Defensoria Pública. Embora o órgão não seja parte na ação que tramita no STF, o defensor-geral, Silvio Jeferson de Santana, afirmou que o valor do duodécimo é irrisório para provocar atraso de salário de outros órgãos e que sempre esteve aberto à negociação.

Mais contundente, o vice-presidente do Sindicato dos Defensores Públicos de Mato Grosso (Sindep), Rogério Borges Freitas, salientou que esperava uma postura “mais qualificada” da PGE. “Não queremos um embate com o governo, mas que ele cumpra a decisão da ministra Rosa Weber”.

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Governador anuncia ampliação dos investimentos para casas populares em MT

O governador Mauro Mendes anunciou hoje, em reunião com...

Deputados aprovam proposta do Governo de MT congelando valores do Fethab

Por unanimidade, os deputados estaduais aprovaram em segunda e...

Assembleia aprova em 1ª votação orçamento de MT do próximo ano; R$ 39,8 bilhões

Deputados estaduais aprovaram em primeira votação, hoje, o projeto...
PUBLICIDADE