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Operação dentro e fora dos presídios visa desarticular facção criminosa em Mato Grosso

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Forças da segurança pública deflagram operações dentro e fora dos presídios para dar um basta às ações de organizações criminosas que vinham estampando em pichações e por meio das redes sociais apologia à facção Comando Vermelho de Mato Grosso (CVMT). Os últimos meses foram marcados por episódios que deixaram claro o objetivo do grupo criminoso em impor medo à sociedade e buscar novos soldados, principalmente na região metropolitana. Reação veio neste último mês de março com operações ostensivas nas ruas e transferência de membros da facção, que comandavam ações de dentro das unidades prisionais.

Tendo como aliada a tecnologia, usada para divulgação de seus vídeos ameaçadores, a facção tentou ganhar espaço com uma propaganda enganosa de que estaria no “comando”, o que não reflete a realidade, diz Gustavo Garcia, secretário de Segurança Pública (Sesp). Ele afirma que os números falam por si, com a redução da criminalidade em todo Estado, graças a ações sistemáticas. Lembra que o enfrentamento ao crime organizado sempre existiu e faz parte do Plano Estadual de Segurança Pública, elaborado em 2016 com metas a serem cumpridas até 2019. Operações integradas das forças de seguranças e direcionadas ao combate a crimes de tráfico, roubos e associação criminosa são responsáveis pela redução dos índices de violência em todo Estado e visam levar a sensação de segurança à população. Cita que Mato Grosso se colocou na vanguarda, ao implementar um plano de estruturação e integração dos setores de inteligência, de todas instituições. A troca de informações hoje permite respostas rápidas, graças ao investimento em tecnologia e capacitação de pessoal.

Lembra que a integração envolve núcleos das Polícias Civil, Militar e do Sistema Penitenciário. Estas informações deverão municiar inclusive o Ministério Público e Judiciário, com o objetivo de dar mais subsídios a estes poderes para que penas mais duras sejam aplicadas e para que criminosos membros de facções não tenham redução indevida de pena.

As ações contundentes, direcionadas e técnicas buscam sufocar e neutralizar ações de organizações criminosas, enfatiza o delegado Caio Albuquerque, que integra a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

Entre estas ações está o monitoramento das organizações criminosas a fim de identificar lideranças que agem a mando de faccionados de dentro das unidades prisionais. Esse é um trabalho constante e silencioso, sem alarde, com objetivo de evitar ou anteceder a prática de crimes. Quando eles ocorrem, concentram-se os esforços para identificar os autores e responsabilizá-los, complementa Diogo Santana, titular da GCCO.

Exemplo foi o que ocorreu com a identificação dos detentos que comandaram o ataque à casa de um agente prisional e à sede do sindicato da categoria. Os autores foram identificados e indiciados por mais este crime.

Segundo Diogo, ao constatar que crimes cometidos do lado de fora foram ordenados do interior de presídios, os reeducandos são identificados e respondem juntamente com os executores pelos delitos praticados. Mesmo reclusos, um novo mandado de prisão para esses presos significa aumento de pena e, caso sejam condenados, mudança de regime para um mais rígido, perda de benefícios dentro da cadeia e até transferência para outras unidades ou penitenciárias federais.

A partir das novas ações de enfrentamento, as pessoas identificadas no compartilhamento de vídeos, áudios, pichação de muros, ou que se dizem membro de facção, são autuadas em flagrante por integrar organização criminosa com pena de até oito anos de reclusão ou indiciadas nos inquéritos conduzidos pela Gerência.

Outra medida tomada é requerer ao Poder Judiciário a regressão ao regime fechado de cumprimento de pena para aqueles que estão no semiaberto e que, comprovadamente, se envolvem com o crime organizado, além de responderem pelo crime de integrar organização criminosa. 4 anos de operações.

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