
Em agosto do ano passado, os desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça mantiveram inalterada a sentença de pronúncia contra Maria Aparecida. A defesa havia solicitado a despronúncia alegando “insuficiência de elementos mínimos de convicção sobre a autoria delitiva” e pediu ainda, subsidiariamente, “o decote das qualificadoras do motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, ante sua incomprovação nos autos”.
Conforme Só Notícias já informou, em alegações finais, a defesa de Elza requereu a absolvição “por legítima defesa”, além de “ausência de dolo, a desclassificação do crime de homicídio qualificado para lesão corporal seguida de morte, afastamento das qualificadoras, a absolvição quanto ao crime de ocultação de cadáver, revogação da prisão preventiva e autorização para prisão domiciliar”. O advogado de Maria, por outro lado, pediu apenas pela “impronúncia” e revogação da prisão preventiva.
Em fevereiro do ano passado, ao optar pela pronúncia, a Justiça Criminal, no entanto, não acatou as solicitações. “Considerando que subsistem os motivos ensejadores e que as medidas cautelares diversas da prisão, dadas as circunstâncias do crime, não se mostram suficientes para evitar novas práticas delituosas, mantenho a prisão preventiva, sobretudo ante a necessidade de se resguardar a ordem pública e à conveniência da instrução em plenário, determino que assim permaneçam até a realização do tribunal do júri”.
As duas mulheres foram presas em cumprimento de ordem judicial (prisão temporária) e confessaram participação no assassinato de Roseli. O corpo foi enterrado em uma vala, na estrada Nanci, e localizado no dia 26 de abril de 2016 por policiais civis. Elas ainda relataram ter jogado soda na vítima, no intuito, de “derreter” o cadáver localizado após 55 dias do desaparecimento.
Três investigadores e dois peritos acompanharam uma das mulheres presas e refizeram o trajeto, a partir do ponto onde se encontraram com Roseli e lhe ofereceram carona até o Camping Clube, onde a vítima morava. "Seguimos pela MT-220, conversando com ela, normalmente, até chegarmos na estrada Nanci. Ali a matamos com pauladas e facadas e escondemos o corpo na mata", relatou, na época, uma das envolvidas.
As duas estão presas nas cadeias femininas de Colíder e Nortelândia.


