
“Sem a MP poderá ocorrer devoluções das concessões. Com isso, deve gerar um problema nos investimentos. Existe a possibilidade do governo republicá-la, mas não acreditamos que isso ocorra devido ao desgaste político. Isso interfere diretamente nas empresas que não conseguiram os investimentos necessários e acabaram lidando com um cenário econômico crítico dos últimos anos. Se ocorrer as devoluções, o governo terá que fazer novos estudos e licitações”, explicou Andrade.
A medida também auxiliaria na continuidade de melhorias e retomada da duplicação da BR-163, em Mato Grosso – que é administrada pela Rota do Oeste, nos trechos entre a divisa com o Mato Grosso do Sul e Rondonópolis, de Posto Gil a Sinop, além da rodovia dos Imigrantes.
Por nota, a empresa informou que havia aderido aos termos da MP por entender que ela possibilitaria a ágil retomada dos investimentos em duplicação. Desta forma, a concessionária aguarda as definições do governo sobre o tema, haja vista que não se trata de uma situação pontual, mas setorial. Paralelamente, reforça seu compromisso com os usuários da rodovia com os serviços de manutenção, limpeza, conservação e socorro mecânico e médico, 24 horas, ao longo dos 850 quilômetros sob sua responsabilidade.
Em Lucas do Rio Verde, representantes de pelo menos 20 entidades estão criando uma Organização Não Governamental (ONG) para cobrar do governo federal e da Rota a duplicação da rodovia no Nortão e Médio Norte. No trecho há intenso tráfego de carretas, caminhões e veículos. Até agora, a empresa duplicou 117,6 quilômetros na região Sul do Estado. No Nortão não tem duplicação – exceto trechos nos perímetros urbanos de Sinop e Sorriso.
Conforme Só Notícias já informou, no último sábado, os dirigentes das entidades fizeram um manifesto nas proximidades da praça de pedágio entre Lucas e Nova Mutum. Foi bloqueada a passagem dos veículos pelas cabines de pagamento manual por algumas horas. O fechamento foi feito por meio de automóveis estacionados sobre a rodovia.


