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Alegando falta de verbas, entidade que recolhe animais abandonados há 12 anos em Sinop fecha as portas

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A Associação Protetora dos Animais de Sinop (Apams) anunciou o encerramento das atividades. A alegação é de falta de recursos para manter a entidade, que atua recolhendo animais abandonados no município. Segundo a diretora, Luciani Pranti Chiarello, os gastos da instituição chegam a R$ 50 mil por mês. “Todo ano é uma novela com este negócio de verba. Em 2016, recebemos R$ 370 mil de ajuda da prefeitura. Este ano, caiu para R$ 110 mil. Se é para ficar todos os anos nesta lamúria, implorando recursos, é melhor fechar”, desabafou, ao Só Notícias.

Conforme Chiarello, foram feitas algumas reuniões com a prefeita Rosana Martinelli (PR), no intuito de aumentar o valor do convênio. No entanto, não houve avanços, segundo ela. “Estou decepcionada mesmo. Não consegui nada. Só ‘enrolação’. Acho que em 12 anos já deu para ver que a instituição é séria e faz um trabalho correto, extremamente ético. Quem sabe agora, a gente não consegue um posicionamento da prefeitura”.

Além dos recursos públicos, a entidade conta ainda com uma ajuda média de R$ 5 mil mensais em doações de empresas e pessoas físicas. O valor ajuda a fechar as contas, mas ainda é insuficiente e, para ela, falta engajamento da sociedade e classe política com a causa. Com um gasto mensal estimado em R$ 50 mil, o restante da conta é custeado pela diretora, com recursos próprios. “Eu acabo pagando do meu bolso”, reclama.  

A diretora explica que a entidade, no primeiro momento, deixará apenas de receber novos animais. Atualmente, mais de 200 ainda aguardam adoção e, por tal motivo, os funcionários continuarão trabalhando. No sábado (17), a instituição fará uma feira de adoção, no pátio de uma empresa localizada no cruzamento das avenidas das Sibipirunas e Tarumãs. “Vamos tentar a doação deste animais, mas a gente sabe que não iremos conseguir para todos. Por exemplo, temos 16 paraplégicos que as pessoas não querem. Animais idosos, não querem também. Não vou abandoná-los”.

A Apams funciona em um espaço alugado de 450 metros quadrados, localizado no Setor Industrial Sul. O tamanho é insuficiente para a demanda de animais resgatados. Segundo Chiarelli, quando funcionou com recursos necessários, a entidade chegou a retirar até 4 animais das ruas por dia no município. Apesar de ter recebido, em doação da prefeitura, um terreno de 5 mil metros quadrados, localizado no Jardim Safira, também falta dinheiro para construção da sede própria, afirma Luciane.

A equipe da Apams é composta por sete funcionários, sendo dois veterinários. O grupo, após recolher os animais, também faz a vacinação, castração e, só então, os encaminha para adoção. “Você pega o animal destruído. Trata ele e isso leva, às vezes, até um ano. Neste período tem um custo para nós. Vacinamos, castramos e encaminhamos para a doação. Este trabalho é tão completo que nenhuma outra instituição do Estado faz. Por isso temos tantos gastos”.

A Apams continuará recebendo doações. Uma das formas é em débito automático em conta corrente (para clientes do Banco do Brasil) ou desconto mensal na conta de água. Para autorizar os pagamentos, os interessados devem imprimir e preencher formulários (disponíveis nestes links: formulário BB e conta de água). Em seguida, os documentos deverão ser entregues à instituição, que faz os trâmites com a concessionária de água e o banco para iniciar os descontos. Os interessados podem doar qualquer valor.

Apesar de ter anunciado o encerramento das atividades, Luciane mantém a esperança de revogar a medida. “Por enquanto, não vamos mais fazer este trabalho, a não ser que o poder público se manifeste com algo certo, que me permita ‘dormir à noite’, pagar meus funcionários e impostos. Hoje, precisamos, além destes R$ 110 mil do convênio com a prefeitura, pelo menos, mais R$ 250 mil (por ano) para fechar as contas apertado”, finalizou.

A Apams foi fundada em agosto de 2005.

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