Relatório elaborado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta uma situação preocupante em todo o país. O número de homicídios causados por arma de fogo continua crescendo, mesmo com a aprovação do Estatuto do Desarmamento em 2003. De acordo com o documento, de 1999 a 2008 foram registradas 478.369 mortes em decorrência de homicídios no Brasil. Desse total, 332.795, ou 70%, foram praticadas com arma de fogo.
Para se ter uma ideia do crescimento de mortes por emprego com arma de fogo, em 1996 foram registrados em todo o país 38.894 homicídios. Deste total, 22.976 ocorreram com emprego de uma arma de fogo, ou seja 59,1%. Já em 2008, houve registro de 48.610 homicídios, dos quais 34.678 foram por armas de fogo ou uma porcentagem de 71,3% do total.
Ainda, segundo o relatório, as regiões Nordeste, Sudeste e Sul do país são as que mais utilizam armas de fogo na prática de crimes. Centro Oeste e Norte apresentam uma proporção bem mais reduzida.
Esses dados mostram que o uso de armas ganha cada vez mais espaço no mundo do crime. A partir de 2003, a cada 10 mortes, 7 foram causadas por arma de fogo. “Esses dados são alarmantes. O crescimento do tráfico ilegal e o fácil acesso às armas indicam a importância de qualificar e avançar nos debates sobre violência e segurança pública no Brasil, principalmente nos Municípios”, destaca o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, por meio da assessoria de imprensa.
