O inquérito que apura as causas da morte de Juliano Ferreira da Cruz, 21 anos, ocorrida em janeiro supostamente por espancamento por um soldado da Polícia Militar, ainda não foi concluído e a previsão é que seja finalizado em junho, segundo o delegado Joacir Batista. “Estamos aguardando o resultado de uma perícia, após isso deve ser finalizado”, explicou ao Só Notícias. A expectativa inicial era que ainda em abril fosse concluído.
“É o confronto de informações prestadas pelo médico que atendeu no PA em relação as análises do médico legista”, acrescentou. Segundo o delegado, haveria discordância entre as informações repassadas por ambos. “Isso são fatos novos que vieram e foram juntados para análise”, disse.
Este é o último procedimento que falta para a finalização do inquérito. Já foram ouvidas as testemunhas de acusação, defesa, o 2º tenente da PM Efraim Augusto Gonçalves e os soldados Sílvio Augusto Carvalho Carneiro e Wilson Egues dos Santos, responsáveis pela abordagem a Juliano. Eles são acusados, pela família, de espancamento.
Além do inquérito da polícia civil, um administrativo, na Polícia Militar, foi instaurado, no entanto, não foi confirmado com está o andamento. Conforme Só Notícias já informou, Juliano morreu por trauma violento, após ter ficado internado cinco dias na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Santo Antônio. O laudo médico apontou que a vítima tinha ferimentos diversos, esmagamento de órgãos e sofreu tentativa de estrangulamento. O tenente e os soldados negaram as acusações de espancamento alegando que, mesmo algemado, ele teria fugido de um lago, sendo socorrido e feita massagem cardiorespiratória.
