Terminou, agora há pouco, o depoimento do ex-secretário de Estado de Fazenda, Éder de Moraes, na Delegacia Fazendária, em Cuiabá. Ele estava sendo interrogado pelo delegado Lindomar Tofolli, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, sobre o suposto esquema das cartas de crédito pagas irregularmente. Ao sair da delegacia, o ex-secretário negou que tenha ocorrido qualquer tipo de fraude no processo durante o tempo que geriu a pasta. Segundo ele, já havia um acordo anteriormente e que em sua gestão foi apenas cumprido.
Já o delegado disse que o depoimento de Éder foi “esclarecedor”, mas que não poderia revelar mais detalhes sobre o assunto. Como também não confirmou se o ex-secretário tem culpa ou não sobre o escândalo. Tofolli disse ainda que o ex-governador e atual senador, Blairo Maggi (PR), já foi ouvido, mas ainda falta o depoimento do suplente de deputado estadual Gilmar Fabris (DEM) e algumas pessoas ligadas a ele para concluir esta fase. Ele disse que pretende finalizar a primeira fase do inquérito até junho deste ano, apontando quem teria desviado o recurso e também quanto cada um levou.
Segundo as investigações da Polícia Civil, na época, apontava que as o esquema fraudulento teria ocorrido após a negociação entre o governo do Estado, por meio da Sefaz, e agentes fazendários para equiparação salarial com os demais servidores da pasta. A operação policial foi deflagrada em dezembro do ano passado.
Na oportunidade, o próprio delegado estimava que o governo estadual teve prejuízos que podem chegar a R$ 253 milhões. A polícia investigava, desde julho do ano passado, o esquema de falsificação nas cartas de créditos concedidas para alguns agentes fazendários.
