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Crescem prisões de acusados por crimes sexuais em MT

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Metade dos inquéritos em andamento pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), de Cuiabá, foram instaurados para apurar crimes sexuais. Ao todo são 754 procedimentos. Somente ano passado, a unidade enviou à Justiça 547 inquéritos, sendo que a maior parte deles seguiam com pedido de prisão dos autores. Em dois casos concluídos em janeiro, os acusados tiveram as prisões decretadas e cumpridas na semana passada e estão nas estatísticas de 19 homens presos, neste ano, por crimes praticados contra crianças e adolescentes na capital.

Os dois agressores tinham parentesco com as vítimas. O primeiro, 38 anos, trabalhava como gerente de uma fazenda em Acorizal e era padrasto da vítima, uma menina de 12 anos. Ele mantinha um relacionamento há 8 anos com mãe da enteada, que passou a ser estuprada no começo do ano passado. A mãe só veio a descobrir o crime 10 meses depois, quando a criança tomou coragem e contou para uma amiga e depois para a irmã mais velha.

O segundo preso, 24 anos, é tio da vítima, que tem 7 anos. Ele foi denunciado em outubro de 2011 por estupro e ameaça contra a menina, que ficava sob os cuidados dele na casa da avó, na companhia também de dois primos. A criança contou que ele "mexia" com ela nas noites que passava no local e que colocava filmes pornográficos para assistirem juntos. A mãe desconfiou de algo errado quando a filha passou a se recusar a ir para a casa da avó e teve a confirmação quando a menina contou o motivo.

Em 2011, a Deddica cumpriu 15 mandados de prisão decretados em inquéritos policiais e recebeu 39 flagrantes, totalizando 54 presos pela prática de crimes contas crianças e adolescentes. A maioria dos acusados tinha uma relação próxima com a família da vítima. Eram vizinhos, padrastos ou amigos, pessoas da confiança.

Neste ano, 12 homens foram presos em flagrante e sete em cumprimento de mandados. De acordo com a delegada titular, Liliane Murata de Souza Santos Murata Costa, e a adjunta, Alexandra Fachone, muitas das investigações iniciaram com denúncias investigadas pela unidade policial, confirmadas em avaliações psicológicas e exames periciais nas vitimas. "A equipe faz o atendimento e acolhimento das crianças. É essencial para o nosso trabalho", frisou Alexandra, que acredita que o trabalho poderia ser ampliado caso a equipe multidisciplinar fosse maior.

Outros números

A delegada Liliane Murata explica que para alguns crimes, como o de ameaça e maus-tratos é instaurado um termo circunstanciado de ocorrência para apurar o fato, por corresponderem a crimes de menor potencial ofensivo com pena prevista até 2 dois de reclusão ou pagamento de pena alternativa. Em 2011, a unidade encaminhou ao Juizado Especial 292 TCO"s contra pessoas investigadas por praticarem crimes contra criança e adolescentes e abriu 273 autos de verificação preliminar para averiguar denúncias relacionadas à violência praticadas contra menores.

Também foram recebidos 1.303 boletins de ocorrências e confeccionados 812 na unidade policial.

 

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