O delegado da Polícia Civil de Nova Canaã do Norte, Bruno Abreu, disse, em entrevista ao Só Notícias, que aguarda o envio de alguns documentos e também a disponibilização das imagens de uma câmera de segurança instalada no paiol do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Colíder para finalizar o inquérito policial. Algumas pessoas ainda devem ser convocadas para prestarem depoimentos sobre a depredação e incêndio em alojamentos, refeitórios e outras dependências. “Eles decidiram não atacar o paiol talvez por medo, já que haviam várias placas de perigo e também cerca. Esta foi a única câmera que gravou a ação criminosa. As demais foram destruídas”, informou.
Abreu não descarta pedir mais tempo para concluir o procedimento, pois este é um caso muito complexo. Segundo ele, seu trabalho ficou prejudicado com a demissão em massa promovida pelas empreiteiras responsáveis pelas obras. Algumas pessoas que deveriam prestar depoimentos não são do estado. Como foram embora e o setor de recursos humanos com todos os dados dos trabalhadores da empresa ficou destruído, ficou difícil a localização destas pessoas.
Bruno Abreu disse que seu trabalho já resultou na denúncia, por parte do Ministério Público Estadual, à justiça de um grupo de pessoas acusadas de participação no ato criminoso. Estes foram presos em flagrante, na oportunidade, com o dinheiro furtado de um caixa eletrônico que existia no local. Não foi confirmado quantos foram denunciados.
Conforme Só Notícias já informou, o delegado aponta que o prejuízo estimado para a empreiteira passa dos R$ 30 milhões. O ataque aconteceu entre os dias 11 e 12 do mês passado. Cerca de 90% do canteiro de obras foram destruídos. Além do refeitório, alojamento, escritório, academia e tudo que estava dentro, foram danificados dez ônibus, sete caminhões e dez carros.
Na oportunidade, o delegado já havia descartado a hipótese de protesto por horas extras por parte dos funcionários que trabalhariam durante o carnaval.
