
De acordo com o advogado do acusado, Edson Cruz da Silva, não estão presentes os requisitos previstos no Código de Processo Penal (CPP) para manutenção da prisão. “O acusado sempre este disponível para a justiça e não atrapalhou as investigações policiais. Em nenhum momento, também tentou se evadir do distrito da culpa”, explicou, ao Só Notícias.
Questionado sobre a inocência de seu cliente, o advogado afirmou que não pretende comentar o assunto. “Ainda não chegou o momento de discutir sobre a culpabilidade. Até agora, o Ministério Público Estadual não ofertou denúncia contra ele. Ou seja, formalmente indiciado não é acusado”, detalhou, reclamando que a defesa “não teve ainda acesso ao inquérito”.
Atualmente, o inquérito policial sobre a morte de Alayne está sob vista do Ministério Público.
Conforme Só Notícias já informou, o mandado de prisão preventiva foi cumprido por policiais no início de novembro. O acusado foi preso em Novo Progresso. De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Daniel Mattos Matias Pereira, ele alegava que a vítima caiu, acidentalmente, de uma Dodge Ram, em movimento, no entanto, diversas contradições no depoimento, motivaram o pedido de prisão preventiva.
Segundo Daniel, a jovem não apresentava ferimentos compatíveis com a queda de um veículo em movimento. “Achei estranhas algumas lesões na cabeça e na base do nariz. Aparentemente, não apresentava ralados na pele também. Além disso, eu visitei o local onde ela teria supostamente caído. As perguntas que ficam é ‘como que uma pessoa cai em um local onde há extensa faixa de terra e chega limpa no hospital? Como sofre um acidente em um dia chuvoso e as roupas estão secas quando é socorrida?’ Ainda não podemos afirmar categoricamente o que ocorreu. Mas são alegações ilógicas. Controversas. Por isso, o indiciei por homicídio”.
Anteriormente, a mãe da jovem, Ana Cristina Bento de Oliveira, contestou a versão que a filha morreu em decorrência do acidente. O acusado de cometer o crime é ex-namorado de Alayne. Segundo Ana Cristina, a filha e o ex-namorado se relacionaram por cerca de oito meses e, há cinco meses, estavam separados. Alayne foi até à cidade paraense para passear na casa de amigos e lá teria encontrado o suspeito.
Alayne morreu dia 29 de setembro. Ela chegou a ser socorrida e encaminhada ao Pronto Atendimento do município paraense, de onde foi transferida para uma unidade médica particular. No entanto, não resistiu e foi sepultada no em Sinop.


