
As investigações iniciaram em janeiro deste ano, através de uma auditoria realizada pela própria Sema ao detectar que quatro madeireiras localizadas em Mato Grosso fraudaram o SISFLORA emitindo e, logo em seguida, cancelando guias florestais no sistema, com o objetivo de gerar créditos florestais para diversas madeireiras dos estados do Pará e Goiás.
De acordo com informações da assessoria, a autorização de venda de produtos florestais para o Pará e Goiás foi indevidamente autorizada por servidores da Sema, os quais teriam recebido vantagem indevida para tal fim. Apurou-se que assessores parlamentares e até mesmo uma vereadora, teriam oferecido vantagem indevida para que a fraude ocorresse. De outro lado, quatro madeireiras de Mato Grosso, através de seus representantes legais, operacionais e engenheiros florestais, contribuíram para que a fraude fosse concretizada, gerando créditos florestais para diversas madeireiras no Estado do Pará e Goiás.
Para se ter uma ideia da quantidade de madeira, levando-se em conta que um caminhão transporta em média 28 metros cúbicos de madeira, seriam necessários 5.316 (cinco mil, trezentos e dezesseis) caminhões para realizarem o transporte; Se cada caminhão mede aproximadamente 14 metros, seriam 74 km de caminhões enfileirados. Considerando que cada metro cúbico de madeira pode custar, em média R$ 700, o montante aproximado da fraude seria de R$ 104,2 milhões.


