terça-feira, 17/junho/2025
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Professora é envenenada em escola em Mato Grosso

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Célia de Oliveira Schonherr, 46, foi vítima de envenenamento em uma Escola Estadual na comunidade de Santa Elina, distrito de Rondonópolis (212 quilômetros de Cuiabá). A professora suspeita que algum aluno colocou perfume na garrafinha dela, mesmo após avisar que é extremamente alérgica. Ela passou mal, teve que ser internada e, uma semana depois, ainda sofre as sequelas. O perfume, no organismo dela, atua como veneno. Um boletim de ocorrência foi registrado por tentativa de homicídio, na Delegacia de Juscimeira, cidade mais próxima.

“No fundo da sala, tinha um rapaz borrifando perfume, junto com outros. Pedi para pararem uma, duas e na terceira vez o odor já estava muito forte, então avisei que sou extremamente alérgica e que íamos ter que sair de sala, porque não estava aguentando e ia passar mal. Quando estávamos do lado de fora, a diretora perguntou o que tinha ocorrido. Expliquei e depois fui entregar um prêmio em outra sala. Voltei rapidamente, peguei minha garrafinha, que levo para escola com água, e fui para o 6º ano. Antes de começar a próxima aula, tomei um gole grande. Foi então que senti forte gosto de álcool e o cheiro de perfume misturado na água. De imediato tive mal-estar e senti queimando na garganta. Mesmo assim continuei trabalhando até 19h30 mais ou menos, porque, nesse dia dou aula em dois turnos, à tarde e à noite. Fui embora e procurei um médico em Rondonópolis. Meu marido me levou de carro”, detalhou a professora.

Ela não foi atendida, porque precisava de uma guia de encaminhamento de Juscimeira e voltou para casa. No outro dia, seu estado piorou e ela foi para um hospital de Juscimeira, onde ficou internada. Tomou medicamentos e teve alta, porém não melhorou.

Ontem voltou para unidade de saúde com forte dor no estômago. “Ele (médico) acredita que tenha atingido meu esôfago e pediu endoscopia”, explica a professora.

Professora há 16 anos, ela dá aula de Língua Portuguesa no ensino médio e fundamental. “Por mais difícil que esteja a área da educação, não pensei que fosse vítima de uma tentativa de morte. Me esforço para ensinar da melhor maneira, dou aulas de reforço e me envolvo em projetos. Também lamento que isso tenha ocorrido em uma vila tão pequena, onde todos se conhecem”, finalizou a professora.

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) emitiu nota informando que “está acompanhando com atenção o estado de saúde da professora Maria Célia Oliveira” e que “a profissional está sob cuidados médicos, desde a semana passada, após uma crise alérgica”. A nota diz ainda que a Seduc “encaminhou um assessor pedagógico até a unidade escolar e ressalta que a atual gestão está trabalhando para promover a cultura de paz dentro da escola”.

(Atualizada às 10h39)

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