O governador Blairo Maggi firmará um "Protocolo de Moratória da Carne" que, em princípio, será seguido pelos três maiores frigoríficos, mas todos aqueles que tiverem ações na Bolsa de Valores também deverão seguir a medida, que em contrapartida agregará valores aos produtos limpos, aqueles produzidos de forma correta. A Moratória vai garantir a exigência na procedência da carne que já vem sendo feita há anos através do monitoramento por satélite.
O governador de Mato Grosso sempre sinalizou que o caminho do mundo na atualidade é voltado para o respeito ao meio ambiente e a não utilização de mão de obra análoga ao trabalho escravo como princípios de quem produz e deseja exportar seus produtos de uma maneira em geral.
Mato Grosso detém hoje o maior rebanho bovino do Brasil, com mais de 28 milhões de cabeças, devendo, até o próximo ano, atingir a marca de 30 milhões de cabeças, sendo que a grande maioria é destinada à exportação, tendo a Rússia como a maior compradora, mas tendo também outras regiões como Ásia e o Oriente Médio como clientes em potencial a ser ampliado.
Na Balança Comercial de Mato Grosso, a bovinocultura representa a segunda maior pauta de exportações, sendo ultrapassada apenas pelos grãos, outro segmento cuja abertura e consolidação de mercado vêm sendo pautadas pela postura dos compradores internacionais, que estão sempre interessados em conhecer a procedência dos alimentos e exigem que os produtos não venham de áreas de preservação ambiental, como a Amazônia e o Pantanal.
O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), acompanhado pelas diretorias dos três maiores grupos frigoríficos do Brasil, JBS Friboi, Bertin Frigoríficos e a Marfrig, participa na próxima segunda-feira (05), às 10 horas, de evento na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), onde será assinado compromisso de moratória da carne. O termo prevê que nenhuma das três empresas comercializem carne bovina que não tenha procedência garantida, ou seja, que venha de região desmatada ou área de preservação ambiental.
