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Usinas mato-grossenses reduzem geração de energia elétrica

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As usinas mato-grossenses geraram, em outubro, a menor carga média de energia elétrica de 2013, que totalizou 433,04 megawatts (MW). Esse foi o 3º mês consecutivo de redução, acumulando um recuo de 51,21% desde julho, quando a produção estadual registrou a carga de 887,72 MW, segundo Boletim Mensal do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Foi responsável por parte dessa queda o desligamento da Termelétrica de Cuiabá na 2ª quinzena de setembro por determinação da Petrobras, que considerou seu funcionamento desnecessário com a chegada do período chuvoso. Para se ter uma ideia, em agosto deste ano – 1 mês antes do seu desligamento – 51,5% da energia produzida no Estado foi oriunda da Usina Governador Mário Covas.

Na maioria dos meses deste ano, a energia térmica foi responsável por uma média de 33% do total de energia gerada em Mato Grosso, de acordo com o levantamento da ONS, que considera as unidades conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), independentemente da potência e da fonte utilizada. Conforme o boletim, fevereiro alcançou a maior carga média do ano no Estado (1,180 mil MW), seguida por março (1,165 mil MW). Vale ressaltar, porém, que os meses de maior geração de energia não são necessariamente os de consumo mais elevado.

O gerente de Operação do Sistema da Centrais Elétricas Mato-grossenses (Cemat), Teomar Estevão Magri, explica que, em Mato Grosso, a energia é gerada predominantemente a partir de hidrelétricas e o consumo é influenciado diretamente pela temperatura. "Aqui, a época de maior calor – quando o consumo de energia é maior – coincide com o período de estiagem – quando as usinas geram menos energia". Além disso, Magri frisa que, durante o período de seca e alta temperatura, a necessidade de irrigação nas áreas agrícolas também contribui para o aumento do consumo de energia. "O fato de estarmos no SIN não tem relação, apenas permite que Mato Grosso seja importador ou exportador de energia – dependendo da situação". O período de agosto a outubro é o de maior consumo de energia no Estado, sendo setembro o líder de alta na demanda, de acordo com o gerente da concessionária de energia estadual.

Com o início das chuvas, o calor e a conta de energia na casa de Elaine Zamian começaram a reduzir ainda em outubro. Mas o clima mais ameno não foi suficiente para baixar o valor da fatura na oficina mecânica dela, a Andaza. Elaine conta que está verificando o que provocou o aumento para tentar economizar. "Pode ser o portão eletrônico. Sofremos um assalto e agora ficamos de portas fechadas e câmera de vídeo ligada o dia todo. Pode ser o abre e fecha do portão", supõe Elaine, que ainda assim avalia que o custo está razoável. "Ele (gasto) aumenta mesmo nos meses quentes. Este ano teve uma baixa para nós".

Histórico – Este ano, antes do desligamento em setembro, a termelétrica de Cuiabá chegou a ficar 31 dias parada para manutenção. O religamento da usina ocorreu somente em 25 de junho, fazendo com que a geração térmica naquele mês fosse de apenas 31,11 MW, ou seja, 4,8% do total de energia produzida em Mato Grosso.

Tarifa – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai realizar 3 reuniões para discutir aprimoramentos da metodologia de revisão tarifária das concessionárias de distribuição de energia elétrica. Os representantes dos consumidores e órgãos de defesa de seus direitos serão os primeiros a serem ouvidos, seguidos pelos analistas de mercado e investidores e, por fim, os representantes das concessionárias de distribuição.

Na consulta pública (nº 11/2013) aberta sobre o tema, um dos pontos da proposta é a eliminação do conceito de Ciclo de Revisão Tarifária. A Agência espera que o novo regulamento seja aprovado em 2014 para começar a valer a partir de 2015.

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