terça-feira, 30/abril/2024
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Caem interrupções no fornecimento de energia em Mato Grosso

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O rigor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pela melhoria da qualidade na prestação do serviço aos consumidores contribuiu para uma redução de 41% nas interrupções no fornecimento de energia em Mato Grosso, entre 2000 e 2013. Quanto à duração dessas interrupções, o indicador mostra que permaneceu praticamente está- vel no período. É o que mostra um relatório divulgado pelo Insituto Acende Brasil esta semana.

No Estado, os indicadores relativos à quantidade de vezes que as interrupções no fornecimento de energia ocorreram, classificado como FEC – Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora – recuou da média de 39,80 vezes no ano 2000 para 23,48 vezes em 2013, baixa de 41%. Nesse mesmo intervalo, a Agência tornou mais rígido o controle da qualidade, que variou do limite médio de 56,09 ocorrências para 22,59 registros de um ano para o outro.

Com relação à duração dessas interrupções, identificada como DEC – Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora -foi observada uma elevação de 3% pela mesma base comparativa, com o índice médio variando de 29,22 horas no ano 2000 para 30,12 horas em 2013. Neste quesito, a Aneel também aumentou o grau de exigência enquanto no começo da 1a década deste século o limite chgava a 44,53 horas, em 2013 passou a ser de 26,98 horas.

Na avaliação do presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Salles as metas de qualidade estabelecidas pela Agência “são muito agressivas”, no sentido de obrigar uma redução muito forte nos indicadores da duração e da frequência no fornecimento da energia. Classifica ainda como “espetacular” a redução de 41% no número de interrupções na prestação desse serviço no Estado. Para ele, é preciso considerar as particulari- dades de cada Estado e região brasileiras. “A área coberta pela Cemat é prati- camente do tamanho da Venezuela”.

Além disso, a qualidade e a manutenção dos serviços de distribuição de energia são afetadas por outras variáveis, como as condições de transporte e o índice pluviométrico. Outro ponto é o crescimento no número de consumidores, que em Mato Grosso passou de 578,5 mil no ano 2000 para 1,193 milhão em 2013, num avanço de 106%. Segundo o departamento de Comuni- cação da Cemat, dentre os novos clientes que surgiram nesse período, mais de 120 mil são unidades rurais, atendi- das pelos programas federais de universalização do aces- so à energia, tor- nando mais complexo o atendimento, devido às longas distâncias e às dificuldades de acesso que caracterizam boa parte das regiões do Estado.

Outra consideração feita pela concessionária é que em 1997, ano de privatização da Cemat, cada consumidor de Mato Grosso ficou, em média, 108,7 vezes e 76,8 horas sem energia. Em 2013, foram 23,4 vezes e 30,12 horas, numa redução de 78% no FEC e 61% no DEC. O resultado de 2013 também interrompeu uma tendência de aumento que se desenhava nos últimos anos, com uma redução de 11% no DEC e 3% no FEC em relação ao ano anterior. Isso se refletiu também nas compensações pagas pela distribuidora por violações, que caíram da casa dos R$ 24 milhões em 2012 para R$ 19 milhões em 2013.

Novo gestor – O grupo Energisa, que assumiu o controle acionário da Cemat em abril deste ano, prevê investimentos declarados de quase R$ 1,5 bilhão para os próximos 4 anos em Mato Grosso. O montante será destinado para melhorias em todas as regiões do Estado, em obras de expansão e modernização de linhas e subestações. O valor a ser investido na Cemat nos próximos anos significa um incremen- to de 73,4% na média anual de investimentos da empresa desde 2010.

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