
Nos relatos, obtidos por Só Notícias, consta que “o grupo chinês enfatizou muito a prosperidade da região e a necessidade de investimentos em infraestrutura, principalmente de ferrovias, uma vez que atualmente o grão é transportado, em sua grande maioria, por carretas com mais de 40 ton com destino aos portos de Santos e Paranaguá, percorrendo distâncias superiores a 1.500km”.
A passagem por Lucas do Rio Verde e Campinorte (GO) foi na primeira etapa da viagem, iniciada no começo deste mês, com aproximadamente 850 quilômetros (por ferrovia), referente ao projeto básico desenvolvido pela Valec. “O traçado ferroviário insere-se em uma região preponderantemente de agropecuária, destacando-se o plantio de soja e milho”, consta.
Os estudos da ferrovia já estão em andamento entre o governos brasileiro e chinês. Ela partiria do Peru, passando pelo Acre, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro, criando um corredor entre os oceanos Atlântico e Pacífico, em mais de 4 mil quilômetros. São estimados pelo menos R$ 30 bilhões em investimentos para agilizar o escoamento da produção agrícola, principalmente a mato-grossense.
A Valec espera que até maio do ano que vem sejam concluídos os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental. No primeiro encontro internacional para discussão das obras, em Lucas do Rio Verde, mês passado, o governador Pedro Taques (PDT) destacou que a ferrovia representa “muito” para economia e os produtos mato-grossenses chegarem ao mercado internacional a preços competitivos. Foi previsto que as obras devem começar em 6 ou 7 anos.


