PUBLICIDADE

Advogado de fazendeiro no Nortão diz que promotor desconhece processo

PUBLICIDADE

O advogado do fazendeiro Vilmar Taffarel, Cláudio Alves Pereira, criticou hoje o Ministério Público que divulgou nota ontem informando que está aguardando com urgência o deferimento do recurso que pede a anulação do júri de Vilmar, que foi inocentado da acusação de ser o mandante do assassinato do ex-vereador Augusto Alba, em 2001, em Vera, que resultou na morte da filha dele, Keila Alba.
Segundo o advogado, “o promotor Paulo César Dancieri Filho não tem conhecimento completo sobre o processo para afirmar que a testemunha Jânio Jorge dos Santos só foi chamada minutos antes do término da audiência. “Essa testemunha nem sequer estava arrolada no processo para ser ouvida”, rebateu o advogado.

Ele ressaltou ainda que “é difícil para o Ministério Público reconhecer a inocência de um réu quando sabe que ele esteve preso por longo tempo, mas não é por meio de notícias inverídicas que deve se justificar para a sociedade”, afirmou Pereira.

Quanto à condenação dos outros envolvidos no crime, o advogado afirmou que achou a pena aquém da merecida. “Deveriam esquecer um pouco as câmaras e os holofotes e se preocupar em fazer a verdadeira justiça. Não é esse tipo de Ministério Público que a sociedade precisa”, completou.

Vilmar Taffarel foi acusado de mandar matar, em 2001, o ex-vereador de Vera (80 km de Sinop), Augusto Alba, mas que resultou na morte da filha do parlamentar, Keyla Suele Alba, 12. O julgamento dele foi no ano passado e a promotoria contou com o advogado e ex-deputado Roberto Jefferson como assistente de acusação. Depois de 21 horas, os jurados acolheram a tese da defesa e Taffarel foi absolvido.

O recurso foi ingressado pela promotora de Justiça da comarca de Vera, Clarissa Cubis de Lima. Ela contou com o apoio do promotor Paulo Dancieri, designado para a realização dos julgamentos dos envolvidos no crime. A promotora pede condenação de Taffarel por homicídio duplamente qualificado, cuja pena varia de 12 a 30 anos de prisão. Keyla Alba morreu no lugar do pai, o ex-vereador de Vera, Augusto Alba. Na época, ele denunciou a gestão municipal por contratar servidores temporários de forma irregular, fraude nas prestações de contas de obras financiadas pelo governo do Estado e uso indevido de máquinas da prefeitura.

Tarcísio Ribas Thiesen foi condenado por contratar e vender uma arma para Isaías da Silva. Este, por sua vez, foi quem fez o contato com o autor dos disparos, Charles Borges. Segundo o MPE, Charles Borges chegou à casa de Augusto e pediu água. Augusto foi atingido por um tiro, mas agachou-se e se escondeu dentro da residência. Keyla, que também fugia dos disparos, foi atingida no peito e morreu.

Tarcísio Ribas Thiesen foi julgado na sexta-feira ( 30 de junho) e sentenciado a oito anos em regime semi-aberto. Já Isaías da Silva enfrentou o júri popular no último 29 de junho, sendo condenado a 14 anos de prisão em regime inicial fechado. O autor dos disparos, réu confesso Charles Borges, levou 16 anos de prisão, em março deste ano.

Leia também:
MPE espera anular júri que inocentou fazendeiro no Nortão

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Tribunal reduz 11 anos de pena de condenado por duplo homicídio no Nortão

A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de...

Executores de homicídio motivado por seguro de vida são condenados em MT

Dois executores do assassinato de Paulo Sander Alves foram...

Prazo para contestar descontos indevidos do INSS ​termina dia 14

Aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos diretamente nos...
PUBLICIDADE