PUBLICIDADE

Pró-reitora da UFMT assassinada sofria pressões dentro do campus, diz coordenador

PUBLICIDADE

A pró-reitora da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) de Rondonópolis (219 km de Cuiabá) Soraiha Miranda de Lima, 41, assassinada na noite de terça, vinha sofrendo ameaças.

É o que afirma a Polícia Civil. A conclusão foi obtida a partir do depoimento das primeiras testemunhas ouvidas no inquérito que apura as circunstâncias da emboscada que matou a pró-reitora, o professor de zootecnia Alessandro Luís Fraga, 33, e o prefeito do campus, Luís Mauro Pires Russo, 44.

Os três servidores da universidade estavam em um carro estacionado em frente à casa da pró-reitora, quando foram surpreendidos por um homem encapuzado, que atirou ao menos cinco vezes e fugiu a pé.

O delegado-regional de Rondonópolis, João Pessoa, não quis detalhar o teor das ameaças à pró-reitora. Já o sociólogo Naldson Ramos, coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da UFMT e amigo de Soraiha, voltou a afirmar que as pressões vinham de dentro da universidade.

“Tudo começou quando ela decidiu revogar os contratos de terceirização que havia com empresas de segurança privada, vigilância e limpeza. O serviço era ruim, mas rendia benefícios para muito servidores, que se incumbiam de defender os interesses das empresas.”

Além de ameaças por telefone, disse o sociólogo, a pró-reitora teria se queixado de uma série de ocorrências dentro do campus. “Um dia, roubavam cabos de energia para deixar a faculdade sem luz. No outro, equipamentos sumiam sem que houvesse marcas de arrombamento. Para Soraiha, todos os fatos estavam relacionados à oposição que ela sofria.”

Além de conflitos internos na UFMT, a Folha apurou que a polícia trabalha com outras duas hipóteses para o crime. Uma delas diz respeito a um pedido de doação à UFMT –capitaneado por ela– de uma fazenda seqüestrada pela União comprada com o dinheiro do assalto ao Banco Central de Fortaleza. Há ainda a hipótese de crime passional, já que Soraiha havia se separado.

A princípio, não é considera a possibilidade de latrocínio. A Polícia Federal também participa das investigações. Se ficar comprovado que o crime tem envolvimento com a universidade, a PF assumirá o caso.

Hoje de manhã, em Rondonópolis, estudantes e professores da UFMT fizeram uma passeata pelas ruas do centro da cidade. Vestidos de preto, eles traziam faixas e cartazes cobrando justiça. A manifestação foi organizada pelo Diretório Central dos Estudantes.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Universidade Federal de Mato Grosso discute criação de novo campus

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) recebeu hoje uma...

Idosa dada como morta consegue reativar benefício previdenciário em Mato Grosso

Uma aposentada conseguiu reaver seu benefício previdenciário, que havia...

IFMT abre vagas para contratação de professores em Sinop, Lucas e outras cidades

O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) abriu processo...

Mutirão da Defensoria em Sinop e mais cidades oferece filiação socioafetiva

A filiação socioafetiva pode ser realizada gratuitamente por pais,...
PUBLICIDADE