Uma mobilização de um grupo de madeireiros de Marcelândia ( 230 km de Sinop) que cobrava de fiscais da SEMA (Secretaria de Meio Ambiente) novas fiscalizações nos pátios de suas indústrias, por pouco não terminou em conflito, hoje de manhã. O tumulto foi por volta das 11:30hs, no posto fiscal da cidade. Alguns empresários argumentam que os fiscais, que estavam inspecionando as madeireiras, “erraram” no lançamento de informações da quantidade de madeira estocada nos pátios. A quantidade apontada seria maior que a real. Os dados apontados na vistoria também servem para definir os valores de multas quando o estoque declarado e o que está no pátio não confere.
Um madeireiro disse, em entrevista, a TV Cidade, que se tivesse 10% da madeira que a Sema aponta que ele teria no pátio a “eles podem ficar com o resto”. Em cerca de sete madeireiras o volume no pátio e o lançado na vistoria teria grande diferenças consideráveis.
Inconformados, madeireiros foram até o posto fiscal pedindo que fosse feita nova medição em algumas indústrias. De acordo com ma fonte, inicialmente os fiscais até concordaram, mas teriam recebido ordens de superiores para que mantivessem o que havia sido lançado e deixassem a cidade. O clima ficou tenso. Madeireiros tentaram impedir que os carros da Sema saíssem da cidade. Além do disparo para o alto, spray de pimenta foi lançado nos olhos de alguns empresários. A polícia conseguiu abrir caminho para que o comboio da fiscalização, com mais de 5 carros, deixassem Marcelândia.
“Os madeireiros estavam insatisfeitos e impedindo a saída da fiscalização. Inicialmente, recebi a informação que houve um disparo para o alto e a equipe ( formada por policiais de Sinop e Cuiabá) conseguiu gerenciar a situação. Desconheço a utilização de spray de pimenta”, explicou, ao Só Notícias, o major Helton Wagner Martins, comandante de área da PM Sinop. “Considero que não houve ação exagerada. Foi tentativa de dispersar as pessoas”, acrescentou.
Não houve feridos.
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