Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) de Sinop não aderiram, por enquanto, a greve nacional, deflagrada no órgão e que inicia na próxima segunda-feira. Em assembléia hoje de manhã a categoria decidiu permanecer com a ‘greve branca’ paralisando o expediente ao público, mas permanecendo com os trabalhos internos. Na próxima quarta-feira deve se reunir novamente para discutir o assunto.
Eles protestam contra a divisão do Ibama em duas partes, criando o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
No site da associação dos servidores, são apresentadas algumas justificativas da categoria quanto ao protesto. Nas notas, eles afirmam que “a divisão de atribuições e aumento da burocracia fará com que o governo aumente significativamente os gastos públicos. Não precisa ser vidente para saber que a gestão ambiental federal ficará engessada por mais um longo tempo. Temerário é a divisão de um órgão como o IBAMA, pois, ao invés de propor avanço, retrocederá e enfraquecerá a gestão ambiental federal, que demorou quase duas décadas para se estabelecer fortemente no meio empresarial e na sociedade brasileira como um todo”.
Ainda que “o meio ambiente não pode ser fragmentado. Então, não é possível imaginar que vá existir o meio ambiente das unidades de conservação, o do licenciamento e o da fiscalização. A duplicação das estruturas irá aumentar a burocracia. Por exemplo, o
licenciamento ambiental de um empreendimento, que atualmente tramita apenas no IBAMA, terá também que passar pelo novo instituto. Além disso, um novo órgão precisa de uma nova estrutura, de novos servidores, de novo espaço físico, aumentando os gastos”.
