Estão previstos para hoje os depoimentos do ex-diretor de Veículos do Detran (afastado das funções desde o ano passado) Dakari Fernandes Tesmann, e o preposto de despachante, Mário Roger Mancuso, presos respectivamente em Guarantã do Norte e Matupá. Eles serão ouvidos pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, localizada na sede da Secretaria de Fazenda.
Depois de permanecerem presos em Sinop por uma noite, eles foram recambiados ontem para ala da Polinter, no Pascoal Ramos. À tarde estão previstos os depoimentos e o presidente do inquérito, delegado Massao Ohara, também deve chegar hoje a Cuiabá. De acordo com o jornal A Gazeta, o empresário preso em Iporá (GO) foi ouvido e ajudou nas investigações. O delegado não deverá pedir a prorrogação da prisão temporária dele. As pessoas envolvidas no caso devem ser indiciadas pelo crime de estelionato, formação de quadrilha e, no caso do ex-servidor, inserção de dados falsos em sistema público.
Eles foram presos na Operação Metamorfose, desencadeada em Mato Grosso e Goiás -, para fraudar documentos por meio do Departamento Estadual de Trânsito. Seis mandados de prisão temporária foram pedidos pela Delegacia Fazendária, sendo um deles indeferidos pela Justiça.
Segundo a delegada Luzia de Fátima Machado, titular da Delegacia Fazendária, as prisões foram necessárias neste momento das investigações para que a polícia possa descobrir outros possíveis integrantes do esquema. As informações levantadas pela Delegacia Fazendária apontam que os valores obtidos com as fraudes somam R$ 907.684,00. Os prejuízos financeiros atingem principalmente bancos e financeiras, e não é proveniente dos cofres públicos.
O golpe, segundo a polícia, consistia em comprar pequenas carretas, de um eixo, com capacidade de carga entre 200 a 350 kg, conhecidas como “carretinhas para transporte de barcos” de uma empresa de Goiás, da marca Rondon, e com o auxílio do despachante e o aval do ex-diretor do Detran, fraudar o documento desses pequenos veículos no sistema do Detran, de forma com que eles se tornassem, pelo menos nos documentos, carretas de grande porte, ou seja, veículos tipo reboque, de três eixos.
