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Alta Floresta: ‘The Times’ diz que fazendeiros passam de ‘heróis a vilões’

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Fazendeiros vistos como heróis por colonizarem a Amazônia na década de 70 hoje são considerados vilões ambientais pelo mesmo governo federal que os incentivou a ocupar as terras, afirma uma reportagem publicada neste sábado pelo diário britânico The Times. A reportagem conta a história dos fazendeiros que, durante o governo militar, ganharam terras no município de Alta Floresta, no Mato Grosso, como indenização por terras perdidas para projetos hidrelétricos.

“Mesmo com a pressão dupla do aumento dos preços de alimentos e da demanda por biocombustíveis, o Brasil não vê mais a Amazônia como um território vazio à espera do desenvolvimento, mas como a maior reserva de biodiversidade do mundo e uma arma crucial no combate ao aquecimento global”, diz o Times.

O tradicional jornal londrino ressalta a mudança na percepção do papel que os “desbravadores da Amazônia” teriam: de “pioneiros” e representantes do progresso, passaram a “criminosos” e desmatadores.

Foto com presidentes
“Sentíamos que estávamos construindo alguma coisa aqui e éramos elogiados por isso. Tirei foto ao lado de dois presidentes. Eles nos tratavam como heróis”, afirmou ao jornal britânico o fazendeiro Dernei Olindo del Moro.

De acordo com declarações de fazendeiros publicadas pelo Times, os antigos “pioneiros” hoje se sentem abandonados pelo governo federal, que vem apertando a fiscalização na região.

“Ainda não se sabe se essas medidas vão surtir efeito. Apesar do enorme reforço de novos funcionários, ainda há poucos agentes do Ibama na fiscalização”, afirma a reportagem.

“Operações federais em uma região tendem a deslocar grileiros e madeireiros ilegais para outra, e as vastas áreas de floresta não consolidada são uma tentação para os fazendeiros.”

O repórter do Times conclui a notícia com uma declaração taxativa do cientista brasileiro Carlos Peres, professor da Universidade de Anglia Oriental, na Grã-Bretanha.

“Os incentivos econômicos para colonizar e desbravar a região são enormes. Se eu quisesse ganhar dinheiro, ficaria lá mesmo.”

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