O nível de vida das famílias mais pobres de Mato Grosso apresentou melhora significativa. Recentemente, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgou os indicadores do Índice de Desenvolvimento da Família (IDF) dos estados brasileiros. Enquanto o IDF do país é 0,55 em Mato Grosso a pesquisa indicou 0,57, um dos maiores da nação.
O IDF é um instrumento que aponta o nível de vida da população mais pobre e permite priorizar políticas sociais. Mato Grosso não só supera a média nacional do IDF geral, como também possui números positivos e se destaca nos quesitos acesso ao conhecimento, acesso ao trabalho, disponibilidade de recursos e desenvolvimento infantil com indicadores de 0,39, 0,24, 0,47 e 0,94, respectivamente, quando as médias nacionais são 0,36, 0,21, 0,42 e 0,93.
A nova radiografia traça o panorama de desenvolvimento das famílias com renda per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar de até três salários. Os indicadores variam de zero a um, abordando dimensões como as condições habitacionais, o desenvolvimento infantil, a disponibilidade de recursos, o acesso ao trabalho, o acesso ao conhecimento e a vulnerabilidade.
No país são 17,4 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais – base de dados usada pelo Bolsa Família e por outros programas do governo federal. No Estado, os dados atualizados até novembro mostram que o número de famílias cadastradas é de 262.574 e que existem 123.299 recebem benefício do Bolsa Família.
Mato Grosso tem o melhor índice de desenvolvimento infantil do país, alcançando 0,94 no IDF. De acordo com o secretário-adjunto de Assistência Social da Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), José Rodrigues, isso significa dizer que nessa área, uma das principais metas de qualquer sociedade, o objetivo de garantir a cada criança oportunidades para seu pleno desenvolvimento está sendo cumprida. “Foi possível analisar nesse quesito quatro componentes: proteção contra o trabalho precoce; acesso à escola; progresso escolar; mortalidade infantil. Nas condições analisadas pelo IPEA, Mato Grosso possui um dos melhores desempenhos no país”, analisou Rocha Júnior.
Com relação à dimensão acesso ao conhecimento, que inclui as taxas de analfabetismo, escolaridade formal e qualificação profissional, as famílias mato-grossenses têm menor número de analfabetos, mais acesso aos níveis de educação formal, ou seja, conseguem vagas nas escolas e acesso a cursos de qualificação profissional. Com relação à qualificação profissional, os mais de 57 mil trabalhadores qualificados pela Setecs entre 2003 e 2008 contribuíram na construção desse percentual.


