A Defensoria Pública de Mato Grosso protocolou, ontem à tarde, uma ação civil pública contra o Estado para que os casos de urgência e emergência sejam encaminhados "para os demais hospitais de Cuiabá e Várzea Grande, independente de serem ou não conveniados ao Sistema Único de Saúde, como Santa Casa, Hospital Geral Universitário, Hospital Metropolitano", destaca trecho da ação.
A medida, conforme explicou o defensor público Marcelo Rodrigues Leirião, se faz necessária para que os serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) sejam prestados de forma adequada, contínua, eficaz e segura ao cidadão. "Ao negligenciar o fornecimento de serviços de saúde adequados àqueles que deles necessitam, pondo em perigo a vida dos cidadãos, o Estado do Mato Grosso está incorrendo em conduta ilícita, violando as normas relativas ao direito à saúde", disse o defensor, por meio da assessoria de imprensa.
Desde o desabamento do teto de gesso da unidade de Cuiabá, o Pronto Socorro de Várzea Grande passou a ser o único serviço de emergência em funcionamento na região metropolitana de Cuiabá. O volume de pacientes já supera em mais de 50% a capacidade máxima do local.
O Sindicato dos Médicos e o Conselho Regional de Medicina foram até o local, ontem, para mostrar a realidade à população e tentar sensibilizar o poder público a tomar medidas eficazes quanto ao descaso na saúde. Devido à super lotação, profissionais da saúde estão sendo obrigados a avaliar e medicar pacientes no chão dos corredores, pela ausência de leitos.
"Para evitarmos maiores transtornos e que cidadãos morram por falta de atendimento, são necessárias medidas de urgência como a determinação de encaminhar pacientes em estado grave ou urgente para outros hospitais", explica Leirião.
