Moradores do bairro Parque Atalaia, em Cuiabá, cansados de acionar a Companhia Águas do Brasil (CAB Ambiental) para solucionar um vazamento de água em uma rua do bairro e também a falta de água em outras duas vias, resolveram reter um veículo da empresa juntamente com um funcionário que foi até o bairro para verificar outro problema. O intuito dos moradores é fazer com que algum membro da diretoria da CAB compareça ao local para esclarecer os motivos pelos quais as reclamações não são atendidas e nem o problema solucionado.
Conforme a dona de casa, Vilma Aparecida Augustinho, moradora da Rua O, que há quase um mês não recebe água na caixa, o intuito do protesto é impedir a saída de veículo e do funcionário até que um chefe dele vá até o local para ouvir os moradores. Ela conta que enquanto a água escorre livremente em uma rua do bairro, na rua onde mora e também na Avenida P, uma das principais vias do Parque Atalaia, os moradores e comerciantes convivem com as caixas secas porque a água passou a chegar nas casas sem pressão para subir até os reservatórios instalados no alto.
A dona de casa acredita que o problema surgiu devido ao desperdício. "O único jeito foi comprar uma caixa e deixar no chão para reter a pouca quantidade da água que cai de forma muito fraca. O problema é que isso aumenta os riscos de se transformar em criadouro do mosquito da dengue", diz a moradora.
Na semana passada 83 bairros da Capital ficaram sem água devido um problema nas bombas de captação do líquido na ETA Tijucal. A interrupção do fornecimento atingiu pelo menos 249 mil pessoas, o que equivale a 44% da população cuiabana e fez algumas escolas suspenderem as aulas. Na sexta-feira (18) a CAB informou que o problema nas bombas já havia sido solucionado e que aos poucos o abastecimento voltaria ao normal.
Os telefonemas para a assessoria da CAB Cuiabá não foram atendidos para emitir um posicionamento sobre o assunto.
