As investigações referentes ao desaparecimento da menina Ida Verônika Feliz, 8 anos, em Cuiabá, evoluíram pouco devido a demora do Ministério Público em analisar um pedido de interceptações e prisão de alguns suspeitos, de acordo com o delegado Flávio Stringueta, da divisão Anti-sequestro da Polícia Civil, responsável pelo caso. O delegado informou, ao Só Notícias, que no dia 13 passado venceria o primeiro pedido de interceptação e, por isso, no dia 8 solicitou ao judiciário a prorrogação do prazo, bem como a prisão de alguns suspeitos. Os pedidos foram remetidos ao MP onde ficaram parados por 9 dias. Ontem, a promotoria teria se manifestado para que outro magistrado analisasse o caso. “É uma situação desagradável, pois é um caso de urgência e chega a ser falta de sensibilidade. O pedido está parado há oito dias e por ser um caso de sequestro é inaceitável. A investigação está às escuras”, afirmou Stringueta.
Mas o delegado garantiu que as investigações não estão paradas e explicou que outras linhas estão sendo apuradas, mais que o deferimento dos pedidos seria fundamental para o caso.
A menina Ida Verônika foi sequestrada no dia 26 de abril, na residência onde morava com a mãe adotiva. Ela é filha de um casal de estrangeiros, de origem dominicana e foi adotada por uma camareira após os pais biológicos a terem abandonado, quando ainda bebê. Um dos sequestradores invadiu a casa, no horário de almoço e, armado, rendeu a criança fugindo em um veículo. Ele teve apoio de comparsa. A Interpol foi acionada para auxiliar no caso e retratos falados de dois suspeitos já foram divulgados.
A principal linha de investigação adotada pela Polícia Civil é que os pais biológicos da menina estejam envolvidos no sequestro. Eles já haviam sido presos no Brasil por envolvimento com o tráfico de drogas, mais estariam no exterior. Há suspeitas que a garotinha não esteja no Brasil.
Outro Lado
O Ministério Público deve se posicionar ainda esta tarde sobre o caso.
