A juíza da Vara Única da Comarca de Itaúba, Henriqueta Fernanda Lima, suspendeu a audiência prevista este mês, onde ouviria dois policiais civis acusados de abuso de autoridade, tortura e de suposto envolvimento no desaparecimento de um jovem, 25 anos, no início do ano passado. A motivação seria o fato dos réus, testemunhas de defesa e acusação residirem em outra Comarca. O processo aponta ter sido feito pedido para que sejam ouvidos nas respectivas.
O inquérito foi aberto na delegacia regional, a partir do relato de pelo três homens, presos pelos policiais, no dia 17 de janeiro, suspeitos de envolvimento no furto de uma moto, que estaria sendo investigado. A delegada Maria Antônia Soares apontou que em razão disso, eles [policiais] tiveram a informação que essa moto estaria na cidade de Peixoto de Azevedo. “Foram até lá e saíram da delegacia de Peixoto com quatro rapazes detidos. Dois adultos e dois adolescentes. Mas em Sinop eles só chegaram com três pessoas detidas. Eles [três presos] alegam que os policiais teriam assassinado, em Itaúba, esse rapaz que não apareceu", disse anteriormente.
Na ocasião, foram feitas buscas na região de mata, onde o caso teria acontecido, em Itaúba, porém, nada foi encontrado. Maria disse que os policiais disseram, em depoimento, que liberaram o jovem desaparecido.
A segunda vara criminal da comarca sinopense declinou para a comarca de Itaúba a competência do processo envolvendo dois policiais civis, lotados na delegacia municipal sinopense. A "transferência" da ação ocorreu depois que advogados questionaram a competência da comarca.
