A assessoria de imprensa dos Correios informaram que as atividades estão operando dentro da normalidade em Mato Grosso e também no restante do país. No Estado, do total de 1.765 empregados, 96% estão trabalhando normalmente. Apenas alguns funcionários de agências de Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis aderiram à paralisação.
Toda a rede de atendimento dos Correios está aberta e todos os serviços, inclusive a entrega de Sedex e o Banco Postal, estão disponíveis. O movimento de paralisação está restrito a algumas regiões de apenas sete estados: Mato Grosso, Rio de Janeiro, Roraima, Rio Grande do Sul (Porto Alegre), Sergipe, Minas Gerais (apenas região da Grande Belo Horizonte) e Tocantins.
Levantamento parcial realizado, hoje, mostra que 97,7% do efetivo está presente e trabalhando — o que corresponde a 122.462 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença. Nesses locais, o movimento está concentrado na área de distribuição — do total de 12.237 carteiros que deveriam trabalhar hoje nos sete estados, 2.411 não compareceram (19,70%).
Nessas localidades, os Correios estão aplicando o Plano de Continuidade de Negócios, que inclui ações como deslocamento de empregados entre as unidades, contratações temporárias e realização de horas extras. Caso haja necessidade, a empresa também pode promover mutirões para entrega nos fins de semana.
Negociação — em busca de acordo, a empresa oferece aos trabalhadores reajuste de R$ 200 em forma de gratificação, a ser incorporada gradualmente, nos salários de quem recebe de R$ 1.084 a R$ 3.077,00. Para quem recebe acima de R$ 3.077,00, o reajuste é de 6,5% no salário base. O reajuste proposto representa um aumento de cerca de 20% sobre o salário base dos agentes de Correios (carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo) e abrange 91 mil pessoas (cerca de 90% do efetivo da empresa). A proposta inclui ainda reajuste significativo do vale-cesta, de R$ 158,45, passa para R$ 188,58, e 3 unidades extras de vale alimentação/refeição por mês, com valor de R$ 30,13 cada.
A proposta foi construída em conjunto com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e foi aceita pela maior parte dos sindicatos: Acre, Alagoas, Amapá, Brasília, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Juiz de Fora (MG), Uberaba (MG), Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo, Santa Maria (RS), Bauru (SP), Ribeirão Preto (SP) e Santos (SP).