Pai e mãe de um bebê morto após apresentar sinais de espancamento e mordidas pelo corpo tiveram seu segundo pedido de revogação de prisão preventiva negado na Justiça. A.L.P.S., 22 anos, e T.C.A., 19 anos, foram pesos depois de o filho do casal, um bebê de apenas um mês, ter dado entrada em um hospital particular já morto.
Na decisão, o juiz da 14º Vara Criminal da capital, Murilo Moura Mesquita, entendeu que “no presente caso é evidente a necessidade da manutenção da custódia preventiva como forma de acautelar a ordem pública, quedando-se evidenciada a gravidade concreta do delito em face da conduta dos denunciados diante de uma indefesa criança de menos de dois meses de idade”. O pedido de revogação foi julgado durante mutirão carcerário, no dia 8 deste mês.
Ainda conforme o magistrado não foi apresentado pela defesa dos acusados “qualquer fato novo que, concreta e objetivamente, justifique a sua revogação, a prisão preventiva, anteriormente fixada, deve ser mantida”.
O caso – A criança deu entrada no hospital no dia 7 de janeiro deste ano onde foi constatado o óbito. Conforme o Instituto Médico Legal, a causa seria traumatismo craniano possivelmente provocado por uma queda. No dia da prisão, a mãe da criança chorou pela morte do filho e demonstrou arrependimento. Durante o inquérito policial, ela teve o pedido de prisão decretado por omissão de socorro e homicídio doloso qualificado.
A morte do bebê aconteceu quando a mãe brigou com seu esposo depois de ter encontrado marcas de mordida pelo corpo da criança. O fato ocorreu na casa da família, no bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá.
No momento da briga o pai da criança a teria tomado da mãe e a jogado em um colchão que estava no chão. Com a queda o bebê machucou a cabeça. Porém, mesmo a criança tendo apresentado complicações, Josué só foi encaminhado para uma unidade de saúde três dias depois da queda.
