O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Sinop, Felipe Guerra, terá uma reunião, esta tarde, com o diretor do presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, Pedro Ferreira, para tomar conhecimento das reais reivindicações dos detentos em decorrência da mudança no sistema de visitas. Este fato é apontado como motivação de um ato que culminou no incêndio e destruição de cinco ônibus e um micro-ônibus que estavam no terminal de passageiros, na região central, no domingo à noite.
Ao Só Notícias, Guerra afirmou que as informações estão “desencontradas”. Em alguns momentos se fala que a revolta é contra a mudança no sistema de revista, em outros, que eles querem tratamento igualitário dentro do presídio. “A ideia da OAB é fazer uma intervenção para apaziguar essa situação. Após essa conversa com o diretor do presídio, vou solicitar uma reunião com Ministério Público, Defensoria, o juiz da vara criminal, direção e representantes dos raios do presídio para chegar a um entendimento”.
Ele explicou que os detentos sempre pediram o fim das revistas íntimas em suas companheiras e isso foi atendido pelo governo do Estado. Com a mudança, as mulheres e mães dos detentos não passam mais por este tipo de procedimento e sim os próprios presos quando voltam às celas. Isso teria flagrado mais situações irregulares e gerado a revolta dos detentos. As visitas acontecem aos domingos.
Conforme Só Notícias já informou, em uma ligação para uma emissora de TV local, um detento assumiu que a ordem para queimar os ônibus partiu de dentro do presídio. Ele chegou a fazer ameaças e disse que se nada fosse alterado, mais ataques poderiam ser realizados.
