Detentos do presídio Ferrugem, assumiram, esta manhã, a autoria dos ataques que destruíram cinco ônibus e um micro ônibus, ontem à noite, no terminal de embarque e desembarque, no centro da cidade, além de um caminhão que ficou parcialmente queimado, no bairro Daury Riva. Por telefone, um reeducando fez contato com a Tv Capital, concedeu entrevista e afirmou “que novos ataques serão feitos se caso as autoridades não interfiram na decisão que mudou o sistema de visita no presídio. Daremos um prazo de 24 horas [até amanhã meio dia] para que tudo seja resolvido, caso contrário faremos coisas bem piores”, disse o detento, sem mencionar seu nome. O homem que se disse reeducando apontou ainda, “que a decisão (de atear fogo em ônibus) partiu ontem de manhã "quando perceberam que as mudanças já estavam acontecendo”.
As visitas de mulheres parentes dos detentos ocorrem aos domingos. Elas deixaram de ser revistadas. Mas os agentes passaram a revistar os reeducados, antes deles entrarem nas celas, o que estaria evitando entrada de celulares e drogas. Esta manhã, foi feita revista nas celas, apreendidos alguns celulares e retirados aparelhos de tv.
Esta tarde, policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (BOPE) de Cuiabá, chegam a Sinop e vão ficar de prontidão em pontos estratégicos da cidade para identificar os suspeitos de promover eventuais ações de vandalismo.
O combate ao ataques classificados como “atentados terroristas” pelos delegados de Polícia Civil, Bráulio Junqueira e Sérgio Ribeiro de Araújo, que investigam o caso, também estão sendo feitas pelo comando da PM, no Nortão e pela Polícia Federal (PF), delegacia de Sinop.
Conforme Só Notícias já informou, os ônibus estavam estacionados um ao lado do outro no Terminal de Passageiros, na avenida das Itaúbas, próximo à Catedral. As chamas começaram por volta das 22h, em um dos ônibus e se alastraram rapidamente para os demais e ganharam grandes proporções. Houve pelo menos quatro grandes explosões, pois os tanques de combustíveis estariam cheios. Os bombeiros trabalharam mais de uma hora e meia para acabar com as chamas que passaram de 20 metros de altura e usaram cerca de 20 mil litros de água. Ninguém se feriu.
