
Esta não é a primeira cobrança para resolver o problema. Há poucos dias, uma carreta Volvo, carregada com 37 toneladas de soja que havia sido colhidos em uma fazenda em União, não conseguiu passar por um atoleiro. Ela acabou inclinando e tombou. A maior parte da carga ficou na estrada. O fazendeiro fez um relato indignado da situação. "No bitrem o prejuízo foi em torno de R$ 15 a R$ 20 mil. Eu perdi, com a soja desperdiçada, furtada e funcionários para recarregar, cerca de R$ 18 mil", disse. "É vergonhoso. Tanto imposto que pagamos, demoram para fazer asfalto e quando fazem começam trecho na época da chuvarada. Aí, da nisso: atoleiros, acidentes, prejuízos e transtornos", criticou.
O agricultor relatou que a parte mais ruim fica entre o município de Claudia e a ponte no Tartaruga e Claudia, extensão de aproximadamente 25 km. "Desde que as chuvas começaram que o caos se instalou. Fazer base asfáltica no momento chuvoso é um erro primário", atacou o produtor, que tem fazenda em União do Sul.
Os transtornos, portanto, não são apenas para caminhoneiros. Quem viaja de ônibus e automóveis também enfrenta os atoleiros. Em outubro e novembro passados, houve acidentes – ao menos dois envolvendo carretas que transportavam madeira e grãos.
Atualmente, a prefeitura de Cláudia tem feito manutenção em alguns trechos na rodovia estadual, mas as constantes chuvas também acabam impedindo que os atoleiros diminuam.
Estado, prefeituras e produtores estão bancando custos para asfaltar a rodovia em sistema de consórcio. O trecho onde começou a ser feita a base para pavimentação tem aproximadamente 13 km. Em março a empreiteira que venceu a licitação deve iniciar obras de pavimentação no perímetro corresponde a Claudia. A extensão entre os dois municípios é de 80 km. Estão asfaltados cerca de 12 km sentido União-Claudia.


